O significado do termo vulnerabilidade social usualmente imp...

Para compreender a questão apresentada, é fundamental entender o conceito de vulnerabilidade social. Esse termo refere-se a condições que expõem indivíduos ou grupos a riscos e privações, não apenas materiais, mas também em dimensões mais subjetivas e psicossociais.

A vulnerabilidade social implica em carências que vão além da renda, abrangendo aspectos como acesso a serviços básicos (saúde, educação, moradia), bem como relações sociais fragilizadas e pouca capacidade de mobilização de recursos individuais e coletivos.

Segundo a questão, a vulnerabilidade não se limita a privações materiais, mas também envolve aspectos de natureza subjetiva. Isso se refere a questões psicológicas, emocionais e sociais que afetam o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas.

Alternativa correta: B - subjetiva. A resposta é "subjetiva" porque o enunciado destaca que a vulnerabilidade social não se restringe a aspectos materiais, mas também inclui as privações de ordem subjetiva, como as relações sociais fragilizadas e aspectos psicossociais.

Vamos analisar as alternativas incorretas:

A - real: A vulnerabilidade é real no sentido de suas consequências, mas o termo usado na questão foca na dimensão subjetiva, não apenas na realidade material.

C - coletiva: Embora a vulnerabilidade possa afetar coletivos, a questão enfatiza a dimensão subjetiva individual e psicossocial.

D - temporária: A vulnerabilidade pode ser temporária ou permanente, mas a questão não especifica duração, e sim a natureza das privações.

E - permanente: Similar à alternativa D, a questão não discute a permanência, mas sim a subjetividade das privações.

Estratégia para resolver questões como esta: Foque em identificar palavras-chave no enunciado e entenda o conceito central. Palavras como "subjetiva" e "psicossociais" indicam a dimensão não material da questão.

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Quando se analisa o conceito de vulnerabilidade social pela ótica da política de assistência social, percebe-se que a pobreza é reconhecida como uma das condições que a caracterizam, mas a concepção de pobreza não se reduz somente à insuficiência de renda, posto que esta é desencadeadora de outras dimensões das necessidades humanas, assim, é necessário investigá-la como um fenômeno multidimensional e complexo. Yazbek (2007) explica que a pobreza, para além da ausência de renda, gera uma situação de subalternidade, relacionada ao plano subjetivo, pela ausência de poder de mando, de decisão, criação e direção. Desse modo, a subalternidade faz parte do mundo dos dominados, dos submetidos à exploração e à exclusão social, econômica, política e cultural, assim, constitui um processo de interiorização das condições objetivas vividas por estes sujeitos. Além disso, a situação de subalternidade está associada a um quadro de necessidades objetivas e subjetivas, desse modo, “não se reduz às privações materiais, alcançando diferentes planos e dimensões da vida do cidadão. ” (COUTO; YAZBEK; RAICHELIS, 2010, p. 40).

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