O método de infusão de dieta enteral indicado para paciente...
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Alternativa Correta: D - Infusão contínua
Vamos entender melhor o tema central da questão. O foco aqui é a infusão de dieta enteral, que é um método de fornecer nutrientes diretamente ao trato gastrointestinal. Este método é crucial em pacientes que têm dificuldades para consumir alimentos pela via oral, seja por problemas após cirurgias, doenças que afetam o trato gastrointestinal ou por tratamentos intensivos, como quimioterapia.
A questão está pedindo para identificar qual método de infusão é indicado para pacientes que não conseguem tolerar grandes volumes de uma só vez e cujo sistema gastrointestinal pode estar comprometido. Isso requer conhecimento sobre os diferentes tipos de infusão.
Justificativa da Alternativa Correta: A infusão contínua (D) é a opção mais adequada para pacientes que têm dificuldades em tolerar volumes maiores de alimentos. Neste método, a dieta é administrada de forma lenta e constante ao longo de um período prolongado, geralmente 24 horas, minimizando o risco de sobrecarregar o trato gastrointestinal e auxiliando na digestão e absorção dos nutrientes de maneira gradual.
Por que as outras alternativas estão incorretas?
A - Infusão por bolus: Este método envolve a administração de grandes volumes de dieta em curtos períodos, similar a uma refeição normal. Não é indicado para pacientes com tolerância reduzida a grandes volumes ou com função gastrointestinal comprometida, pois pode causar desconforto e complicações.
B - Infusão intermitente por gotejamento gravitacional: Neste método, a dieta é administrada em intervalos regulares. Embora menos intensa que a infusão por bolus, ainda pode não ser adequada para pacientes que não toleram volumes razoáveis de uma só vez.
C - Infusão intermitente administrada por bomba de infusão: Este método é semelhante ao de gotejamento gravitacional, mas controlado por uma bomba. Apesar de dar mais controle sobre a quantidade e o tempo de infusão, ainda não é tão gradual quanto a infusão contínua, podendo ser inadequado para pacientes sensíveis.
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A infusão contínua da NE exige uma bomba. Esse método é apropriado para os pacientes que não toleram o volume de infusão utilizado com os métodos cíclicos ou intermitentes em bolus. Os pacientes com comprometimento da função gastrointestinal em virtude de doença, cirurgia, tratamento do câncer ou outros impedimentos fisiológicos são candidatos à nutrição contínua. Os pacientes com sonda de alimentação no intestino delgado devem ser alimentados somente por infusão contínua ou cíclica. (O uso de alimentação por bolus ou gravitacional nesses pacientes é fortemente desencorajado.
Intermitente e Cíclica As questões de qualidade de vida muitas vezes são a razão para a adoção da nutrição enteral intermitente, e os regimes cíclicos permitem que pacientes móveis usufruam de uma maior qualidade de vida, oferecendo um tempo “sem uso da bomba” e uma maior autonomia do que as infusões contínuas. Elas são iniciadas para dar tempo para os tratamentos, terapias e atividades. A nutrição intermitente pode ser fornecida por bomba ou gotejamento gravitacional. A nutrição gravitacional é feita derramando a fórmula em uma bolsa de alimentação equipada com uma braçadeira de rolo. A braçadeira é ajustada às gotas por minutos desejadas. Um cronograma diário típico de alimentação é de quatro a seis etapas, cada uma administrada por 20 a 60 minutos. A administração da fórmula é iniciada a 100-150 mL por etapa e aumentada de modo incremental, conforme a tolerância do paciente. Os pacientes que mais se adaptam a esse regime são motivados, organizados, alertas e têm mobilidade. A nutrição cíclica também permite um período longe da sonda de alimentação. Esse regime de alimentação é uma boa opção para pacientes que recebem fisioterapia ou participam de outras atividades em que seria inconveniente estar preso a um aparelho de alimentação. Um cronograma diário típico de alimentação é de 90 a 125 mL de fórmula por hora, administrados por 18 a 20 horas. Esse tipo de nutrição é utilizado com frequência na transição para nutrição oral, e é feito frequentemente à noite para evitar a alimentação durante os horários das etapas.
A seringa de alimentação enteral por bolus pode ser ideal para os pacientes com esvaziamento gástrico adequado e que estão clinicamente estáveis (Fig. 13-4). Administrados por 5 a 20 minutos esses alimentos são mais convenientes e mais baratos do que aqueles oferecidos por bolus com bomba ou gravidade, e devem ser incentivados quando forem tolerados. Pode-se utilizar uma seringa de 60 mL para infundir a fórmula.
Krause 14 edição
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