Os estudos de Bárbara Castro demonstram que o capitalismo f...

Gabarito: Alternativa D

Vamos entender por que a alternativa D é a correta e analisar as outras opções para esclarecer o tema.

A questão aborda os estudos de Bárbara Castro sobre o capitalismo flexível e a privatização da gestão e negociação dos direitos trabalhistas. Para resolver essa questão, é necessário compreender como o capitalismo flexível impacta as relações de trabalho, especialmente no que tange à negociação de direitos trabalhistas e a influência das habilidades individuais versus a proteção estatal.

Alternativa Correta:

D - Cria a ilusão de que a conquista desses direitos depende das habilidades de negociação de cada pessoa e não da proteção do Estado e da luta de classes.

A alternativa D é a correta porque reflete a crítica de Castro ao capitalismo flexível. Esse sistema promove a ideia de que os trabalhadores podem negociar diretamente com os empregadores, mas isso muitas vezes ignora a importância da proteção estatal e da luta coletiva por direitos trabalhistas. A ilusão aqui é que a negociação individual seria suficiente para garantir direitos, desconsiderando as desigualdades de poder entre patrões e empregados.

Análise das Alternativas Incorretas:

A - Possibilita que patrão e empregado negociem diretamente os termos da relação de trabalho, garantindo que o sindicato esteja ausente no diálogo equânime entre as partes.

Essa alternativa é incorreta porque ignora a importância dos sindicatos na defesa dos direitos dos trabalhadores. A ausência do sindicato não garante um diálogo equânime, já que o empregador geralmente possui mais poder de barganha.

B - Garante que a classe trabalhadora tenha autonomia na negociação de seus direitos e escolha o que é prioridade nas demandas frente ao patronato.

Também está incorreta, pois a autonomia aqui é ilusória. Na prática, o trabalhador individualmente tem menos poder de negociação frente ao empregador, e a escolha de prioridades sem um apoio coletivo ou estatal pode levar a concessões que não beneficiem os trabalhadores de maneira ampla.

C - Viabiliza ao patronato a autonomia de negociação dos direitos de seus empregados afim de estabelecer o que deve ser definido como direito trabalhista.

Incorreta, pois essa alternativa sugere que os empregadores teriam liberdade para definir direitos trabalhistas, o que pode levar à deterioração desses direitos. Isso contradiz a ideia de proteção estatal e coletiva dos trabalhadores.

E - Fundamenta as condições elementares do diálogo entre patrão e empregado nos termos do mercado e, portanto, conforme as leis da demanda e da oferta.

Incorreta porque, embora o mercado tenha influência nas relações de trabalho, essa alternativa simplifica demais a complexa dinâmica de poder e negociação, ignorando os aspectos de proteção estatal e a luta de classes.

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