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Q781428 Medicina
Um paciente, com sessenta e três anos de idade, assintomático, com relato de presença de constrições arteriolares focais à oftalmoscopia, foi encaminhado a um centro clínico pelo oftalmologista. Ao exame físico constatou-se pressão arterial de 132 mmHg × 84 mmHg (sentado, média de três medidas), frequência cardíaca de 62 bpm, e sem outras anormalidades. Esse paciente retornou em mais duas ocasiões diferentes com pressão arterial abaixo de 140 mmHg × 90 mmHg. Os exames complementares foram normais, exceto a monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24 horas (MAPA), que revelou médias da pressão arterial de 146 mmHg × 92 mmHg durante a vigília e 132 mmHg × 84 mmHg durante o sono.
Com relação a esse caso clínico, julgue o item seguinte.
Trata-se de um caso de hipertensão arterial mascarada ou hipertensão do jaleco branco reversa.
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Para compreender a questão apresentada, é importante entender o conceito de hipertensão arterial mascarada. Esse é um quadro em que a pressão arterial do paciente é normal em um ambiente clínico, mas elevada em medições fora desse ambiente, como no dia a dia. O oposto, conhecido como hipertensão do jaleco branco, ocorre quando a pressão está elevada somente no ambiente clínico.

No caso descrito, o paciente apresenta medições normais de pressão arterial na clínica (abaixo de 140/90 mmHg) e valores elevados na monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24 horas (MAPA) durante a vigília, com valores de 146/92 mmHg. Este cenário é característico da hipertensão arterial mascarada.

A alternativa correta é: C - certo. A justificativa é que o comportamento da pressão arterial do paciente se alinha perfeitamente com a definição de hipertensão arterial mascarada. O termo "hipertensão do jaleco branco reversa" pode ser utilizado informalmente para descrever essa situação, onde a pressão arterial está elevada fora do ambiente clínico e normal dentro dele.

Agora, vamos analisar por que a resposta é certa:

  • Evidência de hipertensão mascarada: A MAPA mostrou pressão elevada durante a vigília, mas normal na clínica e durante o sono, caracterizando o quadro.
  • Ausência de hipertensão do jaleco branco: A pressão arterial não estava elevada nas medições clínicas, indicando que não se trata de hipertensão do jaleco branco.

É importante destacar que em questões como esta, é crucial prestar atenção aos detalhes fornecidos no enunciado, principalmente as medições de pressão arterial em diferentes contextos.

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Esse caso clínico é uma boa exemplificação de hipertensão arterial mascarada ou hipertensão do jaleco branco reversa. A MAPA mostrou que o paciente possuía médias da pressão arterial mais altas durante a vigília do que durante o sono, indicando que a pressão arterial só foi elevada durante os exames clínicos, configurando hipertensão do jaleco branco reversa. É importante destacar que esse é um caso assintomático, o que reforça que a hipertensão arterial se manifesta de forma silenciosa e é muitas vezes negligenciada.

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