Que fato gerou a crise entre o Brasil e a Bolívia em meados ...
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Alternativa correta: C - A nacionalização dos hidrocarbonetos (gás e petróleo) na Bolívia.
Vamos entender o contexto dessa questão. Em meados de 2006, o governo boliviano, liderado pelo presidente Evo Morales, anunciou a nacionalização dos hidrocarbonetos no país. Essa medida implicava que todas as operações relacionadas à extração de gás e petróleo na Bolívia passariam a ser controladas pelo Estado boliviano. A Petrobras, uma das principais empresas estrangeiras atuando nesse setor na Bolívia, foi diretamente afetada por essa decisão.
A medida foi vista como um esforço do governo boliviano para obter maior controle e rendimento sobre seus recursos naturais. No entanto, gerou tensões com empresas estrangeiras e, consequentemente, com os países dessas empresas, incluindo o Brasil.
Para resolver essa questão, é necessário conhecimento sobre eventos históricos e políticos da América do Sul, especialmente as relações diplomáticas e comerciais entre Brasil e Bolívia. Além disso, é importante estar atento a fatos marcantes como a nacionalização de recursos naturais, que frequentemente são temas de questões em concursos públicos.
Abaixo, justifico por que a alternativa C está correta:
Justificativa da Alternativa Correta:
A nacionalização dos hidrocarbonetos na Bolívia foi um evento de grande impacto, que causou uma crise diplomática entre o Brasil e a Bolívia. A decisão do governo boliviano de nacionalizar o setor de gás e petróleo afetou diretamente os interesses da Petrobras, empresa brasileira que tinha investimentos significativos no setor energético boliviano. Isso gerou uma série de tensões e negociações entre os dois países, visando encontrar uma solução que atendesse às novas políticas bolivianas e aos interesses brasileiros.
As outras alternativas não estão corretas porque:
- Alternativa A: A retirada de refinarias da Petrobras da Bolívia não foi o motivo da crise.
- Alternativa B: O fechamento das fronteiras devido à febre aftosa não se relaciona com a crise mencionada.
- Alternativa D: O fim dos incentivos fiscais no comércio entre os dois países não foi o motivo da crise específica.
- Alternativa E: O fim dos contratos comerciais entre Brasil e Bolívia também não foi o motivo desencadeador desta crise.
Portanto, a alternativa que explica adequadamente a crise entre Brasil e Bolívia é a alternativa C.
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Em 1° de maio de 2006, Evo Morales declara a nacionalização dos hidrocarbonetos e das refinarias, postos e distribuidores de petróleo,gás e derivados, além de tornar o governo boliviano sócio majoritário dessas indústrias, detendo 50% mais 1 das ações.
A empresa responsável pela extração destes bens naturais se tornou a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB). Pela falta de pessoal qualificado e diminuição de sua atuação após privatização de 1996, técnicos venezuelanos foram cedidos para assessorar a auditoria e produção de gás e petróleo.
As grandes prejudicadas foram a empresa britânica British Gas, a estadunidense Exxon-Mobil, a hispano-argentina Repsol YPF, além da estatal brasileira Petrobrás, maior produtora de gás da Bolívia, que investiu mais de 1 bilhão de dólares naquele país.
A maior parte do gás natural consumido no Brasil em 2006, 52% do total, é proveniente destas reservas, o que justifica a preocupação dos empresários brasileiros com a nacionalização.
Em face do ocorrido, a presidência da Petrobrás chegou a anunciar que não realizaria os investimentos previstos na Bolívia para os meses subsequentes. No entanto, o presidente do Brasil, Lula, declarou para a imprensa que não considera a situação como "uma crise", afirmando que as divergências seriam resolvidas com diálogo e que os investimentos para a consolidação e ampliação da rede de gás natural que interliga a Bolívia, Argentina e Brasil, a princípio, continuariam.
Uma alternativa idealizada pela Petrobrás para o diminuir a dependência brasileira do gás natural boliviano seria aumentar a produção de gás natural no próprio Brasil, investindo R$17 bilhões para aumentar a exploração de gás nas Bacias de Campos e de Santos, e transportá-lo em um gasoduto direcionado para o mercado brasileiro, o que seria possível a partir de 2008.
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