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Q2487272 Medicina
Em um paciente de 45 anos, com histórico de dor epigástrica intermitente, piora com a ingestão de alimentos e alívio com antiácidos, relata episódios de náuseas sem vômitos. Relata consumo moderado de álcool e uso ocasional de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs). A endoscopia digestiva alta revela erosões na mucosa antral sem sinais de sangramento ativo e a ultrassonografia abdominal indica presença de cálculos na vesícula biliar sem dilatação do ducto biliar comum. Considerando o manejo clínico inicial adequado, qual das seguintes opções é a mais indicada?
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Para resolver a questão, precisamos identificar o problema principal apresentado pelo paciente de 45 anos, que é a dor epigástrica intermitente, exacerbada pela ingestão de alimentos e aliviada por antiácidos, além de náuseas sem vômitos. A endoscopia digestiva alta revelou erosões na mucosa antral e a ultrassonografia mostrou cálculos na vesícula biliar sem dilatação do ducto biliar comum.

A alternativa correta é a alternativa A: Iniciar terapia com inibidores da bomba de prótons e agendar colecistectomia laparoscópica.

Essa opção é a mais indicada porque aborda os dois principais problemas identificados: uma possível doença ulcerosa péptica (indicada pelas erosões na mucosa antral) e a colelitíase (cálculos na vesícula biliar). O tratamento com inibidores da bomba de prótons (IBP) ajuda a reduzir a produção de ácido gástrico, promovendo cicatrização da mucosa e alívio dos sintomas. Além disso, a colecistectomia laparoscópica é indicada para tratar os cálculos biliares e prevenir complicações futuras.

Vamos analisar as alternativas incorretas:

Alternativa B: Prescrever antieméticos e dieta líquida até resolução dos sintomas.
Essa opção não aborda a causa subjacente da dor epigástrica e das erosões gástricas. Antieméticos podem aliviar náuseas, mas não tratam a doença ulcerosa ou os cálculos biliares.

Alternativa C: Administrar antibioticoterapia direcionada para Helicobacter pylori baseada em teste respiratório de ureia positivo.
Embora a infecção por H. pylori seja uma causa comum de úlceras pépticas, a questão não menciona um teste positivo para essa bactéria. Além disso, não aborda os cálculos biliares.

Alternativa D: Indicar uso de antiespasmódicos e observação clínica para colicistopatia sintomática.
Os antiespasmódicos podem aliviar a dor causada pelos cálculos biliares, mas não tratam as erosões na mucosa antral. Também não oferecem uma solução definitiva para os cálculos da vesícula.

Alternativa E: Realizar esfincterotomia endoscópica retrograda para remoção de cálculos biliares.
Essa intervenção é indicada principalmente para cálculos no ducto biliar comum, mas o paciente não apresenta dilatação do ducto biliar comum, o que sugere que os cálculos estão confinados à vesícula biliar.

A abordagem correta envolve tanto o tratamento da doença gastroduodenal, com inibidores da bomba de prótons, quanto a resolução dos cálculos biliares por meio de colecistectomia. Isso proporciona um manejo abrangente dos problemas apresentados pelo paciente.

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Comentários

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A alternativa A é a resposta correta, pois o paciente apresenta sintomas sugestivos de doença ulcerosa péptica, manifestada por dor epigástrica que piora com a alimentação e melhora com antiácidos, e erosões na mucosa antral observadas por endoscopia. Os inibidores da bomba de prótons (como omeprazol, esomeprazol, etc.) são a terapia de escolha para esta condição, uma vez que reduzem a acidez gástrica, promovendo alívio dos sintomas e cicatrização das erosões. Adicionalmente, a presença de cálculos na vesícula biliar sem sinais de colecistite aguda (como indicado pela ausência de dilatação do ducto biliar) sugere que uma colecistectomia eletiva (remoção da vesícula biliar) pode ser planejada para prevenir complicações futuras, sendo a laparoscopia a técnica preferida devido à sua menor invasividade e recuperação mais rápida. As outras alternativas não abordam adequadamente ambas as condições (ulceração gástrica e cálculos biliares) ou são indicadas para situações clínicas diferentes das apresentadas pelo paciente na questão.

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