Ele remonta pelo menos a Platão, no século V antes de Crist...
É comum se discutir que mudanças a internet trouxe para as relações humanas. Como é este mundo pós-pós-moderno, diferente de tudo que antes existiu? Uma imagem ilustra o que uns chamam de perplexidade, uma imagem frequente, hilariante – e banal: cinco ou seis pessoas juntas, mas cada uma mergulhada em seu laptop ou celular. Parecem ser um grupo, só que não o são, cada uma fechada em seu mundo virtual.
Mas isso é mesmo uma novidade? Porque o distanciamento de quem fisicamente está próximo é um tema antigo na filosofia. Ele remonta pelo menos a Platão, no século V antes de Cristo.
Em seu diálogo Fedro, o filósofo grego conta que o ministro Tot apresentou ao faraó Tamus uma série de invenções. A escrita, disse Tot, permitiria guardar a memória do passado e transmitir mensagens a distância, superando as barreiras do tempo e do espaço. Mas o faraó a condena: ela permite a mentira, a falsidade. Assim, desde a Antiguidade, se valoriza a presença e se desconfia da ausência, da distância, da representação. Representar é tornar presente o ausente, é fazer que o morto ou o longínquo esteja conosco; o problema é que assim é fácil falsificá-lo. É o que dirá outro filósofo, Rousseau, no século XVIII: quando você fala com alguém na sua frente, os gestos e o olhar enriquecem a comunicação; já um texto escrito pode ser manipulado à vontade.
Ora, quais invenções aumentam a representação, substituindo a presença, o olho a olho, pela distância, falsidade ou manipulação? Primeiro, a escrita; depois, a imprensa; em nossos dias, a internet. Mas imprensa e internet não nasceram do nada. Cada uma potencializou o que já existia. Cada uma amplia as possibilidades da comunicação a distância. Com isso, cada uma castiga a presença. Essa se torna dispensável, inferior, secundária. O avanço da amizade on-line que, muitas vezes, quando vamos conferir, é falsa (as pessoas são mais feias ou mais pobres do que se disseram), desvaloriza a amizade presencial.
(Renato Janine Ribeiro. O Estado de S. Paulo, J6 aliás, 3 de fevereiro de 2013, com adaptações)
Ele remonta pelo menos a Platão, no século V antes de Cristo.
A relação entre verbo e complemento, grifados acima, se reproduz na frase:
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Gabarito letra c).
ANALISANDO A ORAÇÃO DA QUESTÃO
Ele remonta (Verbo Transitivo Indireto) pelo menos a Platão (Objeto Indireto), no século V antes de Cristo.
* O verbo remontar tem regência e exige um complemento introduzido pela preposição "a". Ex: A história remontava à sua infância.
** Portanto, deve-se procurar, nas alternativas, qual delas possui um verbo intransitivo com um objeto indireto.
*** VERBO TRANSITIVO DIRETO + OBJETO DIRETO = SEM PREPOSIÇÃO.
**** VERBO TRANSITIVO INDIRETO + OBJETO INDIRETO = COM PREPOSIÇÃO.
a) Mas isso é (Verbo de Ligação) mesmo uma novidade (Predicativo do Sujeito)?
b)... quais invenções aumentam (Verbo Transitivo Direto) a representação (Objeto Direto)...
c) ... quando você fala (Verbo Transitivo Indireto) com alguém (Objeto Indireto) na sua frente... [GABARITO]
d) ... que o morto ou o longínquo esteja (Verbo Intrasitivo) conosco (Adjunto Adverbial)...
e) O avanço da amizade on-line (...) desvaloriza (Verbo Transitivo Direto) a amizade presencial (Objeto Direto).
Fontes:
https://www.conjugacao.com.br/transitividade-verbal/
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica/transitividade-verbal.htm
=> Meu Instagram para concursos: https://www.instagram.com/qdconcursos/
VERBO REMONTAR: Fazer referência ao que já aconteceu.
VERBO PRONOMINAL. - ESTE TIPO DE VERBO É V.I.- LOGO NÃO PRECISA DE COMPLEMENTO.
A) VL
B)VTD
C)VI
D) VL
E)VTD
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