Uma criança com desvio fonológico apresenta substituições de fricativas por plosivas, em posição inicial,
caracterizando um processo de plosivização. O fonoaudiólogo teve como alvo terapêutico, durante seis sessões, a
palavra "chuta", considerando a posição inicial e o contexto fonológico seguinte. A criança conseguiu adquirir o
fonema nessa palavra. Resta saber se houve estabilização do novo segmento no sistema fonológico e se a criança é
capaz de generalizar esse novo padrão em palavras ainda não usadas em terapia.
Considerando os possíveis próximos passos nessa intervenção, qual alternativa está INCORRETA?

Question

Uma criança com desvio fonológico apresenta substituições de fricativas por plosivas, em posição inicial,
caracterizando um processo de plosivização. O fonoaudiólogo teve como alvo terapêutico, durante seis sessões, a
palavra "chuta", considerando a posição inicial e o contexto fonológico seguinte. A criança conseguiu adquirir o
fonema nessa palavra. Resta saber se houve estabilização do novo segmento no sistema fonológico e se a criança é
capaz de generalizar esse novo padrão em palavras ainda não usadas em terapia.
Considerando os possíveis próximos passos nessa intervenção, qual alternativa está INCORRETA? Alternativa A: Uma das formas de promover a generalização é utilizar palavras com características fonéticas semelhantes, de modo que a
criança possa usar em diferentes contextos lexicais e fonológicos, então poderiam ser elencadas palavras com a mesma
sílaba, na mesma posição, com tonicidade diferente e distintos graus de familiaridade, como "chupeta", "chuteira" e
"chuveiro". Ou Alternativa B: Como a escolha do alvo proporcionou uma resposta positiva da criança, poderiam ser escolhidas novas palavras, mantendo
o contexto fonológico seguinte semelhante, como a vogal labial /u/, que comunga traços com a consoante em questão. Ou Alternativa C: O próximo passo poderia ser o de usar contextos fonológicos seguintes bem distantes do até então usado como alvo,
adotando a vogal anterior /i/ e a vogal /a/ como contexto fonológico seguinte, para observar como a criança lidaria com
essa nova informação e, ainda, se seria capaz de generalizar. Ou Alternativa D: Continuar estimulando a partir do mesmo alvo, até o final da terapia, de modo que a criança consolide esse novo segmento
na aquisição. Ou Alternativa E: Usar o mesmo padrão (Calvo+V/u/+ CV) em não-palavras para minimizar o efeito lexical e verificar se, de fato, a criança
generalizou a aquisição do novo segmento, independente do apoio semântico.

Qconcursos · Accepted Answer

Alternativa [D] Continuar estimulando a partir do mesmo alvo, até o final da terapia, de modo que a criança consolide esse novo segmento
na aquisição. ```html
Para abordar esta questão, precisamos entender o conceito de desvio fonológico e os processos de terapia fonoaudiológica, especialmente no que tange à generalização de sons adquiridos em terapia para outros contextos e palavras.

Em crianças com desvio fonológico, é comum observar dificuldades na produção correta de alguns fonemas. A terapia visa não apenas a aquisição do som-alvo em palavras específicas, mas também a generalização desse som para diferentes contextos e palavras do cotidiano.

Gabarito: Alternativa D

A razão pela qual a alternativa D está incorreta é que ela sugere continuar estimulando a partir do mesmo alvo até o final da terapia. Este método não promove a generalização, que é um dos objetivos principais na terapia de desvio fonológico. A terapia deve evoluir para incluir diferentes contextos e palavras para garantir que a criança possa usar o som corretamente em diferentes situações.

Vamos agora analisar as alternativas corretas:

A - A proposta de utilizar palavras com características fonéticas semelhantes, mas com diferenças em tonicidade e grau de familiaridade, como "chupeta", "chuteira" e "chuveiro", é uma estratégia eficaz de promover a generalização.

B - Manter o contexto fonológico semelhante também é uma prática comum, como escolher palavras que mantêm a vogal labial /u/. Isso ajuda a solidificar a aquisição em um contexto já parcialmente familiar.

C - Apresenta uma estratégia de usar contextos fonológicos distintos para testar a flexibilidade da aquisição. Introduzir a vogal anterior /i/ e a vogal /a/ pode revelar se a criança consegue generalizar o som para novos contextos.

E - Utilizar não-palavras com o mesmo padrão ajuda a testar se a criança adquiriu o som fora de um contexto semântico, observando se há uma verdadeira aquisição fonética.

Para resolver questões como esta, é importante que você:

Entenda os conceitos básicos de terapia fonológica, incluindo aquisição, generalização, e estabilização de fonemas.
  Identifique o objetivo de cada fase da terapia e como ela deve evoluir para promover a generalização.
  Analise cuidadosamente as alternativas, procurando entender o que cada uma propõe em termos de prática terapêutica.

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