Sobre Hanseníase, analise as afirmativas abaixo. I. A Hanse...
I. A Hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo agente etiológico é o Mycobacterium leprae, que infecta os nervos periféricos e, mais especificamente, as células de Schwann.
II. A bactéria é transmitida pelos objetos utilizados pelo paciente.
III. Hanseníase tuberculóide (paucibacilar) é a forma da doença em que o sistema imune da pessoa consegue destruir os bacilos espontaneamente.
IV. Hanseníase dimorfa (multibacilar) caracteriza-se, geralmente, por mostrar várias manchas de pele avermelhadas ou esbranquiçadas, com bordas elevadas, mal delimitadas na periferia, ou por múltiplas lesões bem delimitadas semelhantes à lesão tuberculóide, porém a borda externa é esmaecida (pouco definida).
Estão corretas as afirmativas:
A hanseníase é transmitida por gotículas de saliva eliminadas na fala, tosse e espirro.
concordo, isso se não estiver em tratamento medicamentoso
Hanseníase é uma infecção crônica geralmente causada pelo bacilo Mycobacterium leprae álcool-ácido resistente ou M. lepromatosis estreitamente relacionado. Esses organismos têm um tropismo único para nervos periféricos, pele e membranas mucosas do trato respiratório superior. Acredita-se que a hanseníase seja disseminada pela transmissão de uma pessoa para outra via gotículas e secreções nasais. Contato casual (p. ex., simplesmente tocar uma pessoa com a infecção) e contato breve parecem não disseminar a doença. Os sintomas de hanseníase geralmente só aparecem > 1 ano após a infecção (em média 5 a 7 anos). Assim que os sintomas aparecem, progridem lentamente. A hanseníase afeta principalmente a pele e os nervos periféricos. O comprometimento dos nervos provoca dormência e fraqueza nas áreas controladas pelos nervos afetados.
Classifica-se a hanseníase por tipo e número de áreas da pele afetadas:
- Paucibacilar: ≤ 5 lesões na pele sem detecção de bactéria nas amostras destas áreas
- Multibacilar: ≥ 6 lesões na pele, detecção de bactéria nas amostras das lesões da pele, ou ambos
Também classifica-se a hanseníase pela resposta celular e achados clínicos:
- Tuberculoide
- Lepromatosa
- Borderline
Pessoas com hanseníase tuberculoide tipicamente têm uma forte resposta mediada por células, que limita a doença a algumas lesões da pele (paucibacilar), e a doença é mais leve, menos comum e menos contagiosa. Tratamento: O esquema convencional da OMS contém dapsona, rifampicina e clofazimina. A OMS fornece esses fármacos gratuitamente para todos os pacientes com hanseníase em todo o mundo. Esse esquema é mantido durante 12 meses.
Pessoas com hanseníase lepromatosa ou indeterminada tipicamente são deficientes em imunidade mediada por células a M. leprae, apresentando infecção mais grave e sistêmica com infiltração bacteriana difusa na pele, nos nervos e em outros órgãos (p. ex., nariz, testículos, rins). Têm mais lesões na pele (multibacilar) e a infecção é mais contagiosa. Tratamento: No esquema convencional da OMS, os pacientes tomam rifampicina, 600 mg por via oral uma vez ao mês com supervisão, e dapsona, 100 mg por via oral uma vez ao dia, sem supervisão, durante 6 meses.
.