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Ano: 2019 Banca: IDECAN Órgão: IF-PB Prova: IDECAN - 2019 - IF-PB - Professor - História |
Q1008172 História
O “tempo histórico” é entendido como uma experiência particular de cada sociedade que no presente se relaciona com seu passado (“espaço de experiência”) e seu futuro (“horizonte de expectativa”), possibilitando a consideração da existência de tempos plurais, heterogêneos e não lineares, tendo em vista que estas relações variam. Esta é uma construção conceitual apresentada por qual destes autores em sua respectiva obra?
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O conceito de "tempo histórico" foi detalhadamente explorado por Reinhart Koselleck em sua obra Futuro Passado. Esse termo refere-se à experiência única de uma sociedade ao interagir com seu passado, o qual Koselleck nomeia como "espaço de experiência", e com seu futuro, chamado por ele de "horizonte de expectativa".

A abordagem de Koselleck permite entender que existem diversos tempos plurais, os quais são heterogêneos e não lineares, dado que a relação de uma sociedade com o tempo varia conforme seu contexto histórico e cultural. Isso significa que a maneira como uma sociedade percebe e se relaciona com o tempo pode mudar ao longo dos períodos históricos e entre diferentes culturas.

Assim, a alternativa correta é a letra E, que corresponde ao autor Reinhart Koselleck e à sua concepção de tempo apresentada em Futuro Passado.

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Comentários

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A única vez que a leitura (obrigatória) de "Futuro passado" de Koselleck me ajudou na vida.

Oi, tudo bem?

Gabarito: E

Bons estudos!

-O sucesso é a soma de pequenos esforços repetidos dia após dia.

Segundo José Carlos Reis em seu ivro intitulado "história e teoria" e especificamente em seu capítulo 5, traz a discussão sobre o temo histórico em Ricouer, Koselleck e nos Annales. Em Ricouer o tempo histórico refere-se à vida humana e o calendário é indispensável, pois é ele que numera e em cada marca dessa numeração existiu um homem individual (social). Outro conceito é o de geração, trata-se de vida compartilhada. O tempo histórico representa permanência de gerações e seqüência de gerações. A terceira conexão são os vestígios, os arquivos, pois as gerações deixam sinais, marcas, que são buscadas pelo historiador. Koselleck critica o conceito de tempo calendário, mas não o descarta, advertindo para o conhecimento interior do mundo humano, a idade interna de uma sociedade, ou seja, a relação estabelecida entre seu passado e seu futuro. Na perspectiva dos Annales, o tempo histórico é estrutural – influência das Ciências Sociais que compreendiam o tempo como “estrutura social” – existindo a recusa da mudança, em favor do modelo, da quantidade, da permanência. 

fonte: resenha de Mauro Dilmann disponível em: https://www.scielo.br/j/vh/a/PJKgV5RyMdsskCBXHfVf9YJ/?format=pdf&lang=pt

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