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Q3155459 Português

Texto CB1A1 


        O renomado linguista e filósofo Noam Chomsky e outros dois especialistas em linguística, Ian Roberts e Jeffrey Watumull, escreveram um artigo para o jornal The New York Times, em março de 2023, compartilhando sua visão sobre os avanços que vêm ocorrendo no campo da inteligência artificial (IA). 


        Para os intelectuais, os avanços “supostamente revolucionários” apresentados pelos desenvolvedores da IA são motivo “tanto para otimismo como para preocupação”. 


        No primeiro caso, porque as ferramentas de IA podem ser úteis para resolver certas problemáticas, ao passo que, no segundo, “tememos que a variedade mais popular e em voga da inteligência artificial (aprendizado automático) degrade nossa ciência e deprecie nossa ética ao incorporar à tecnologia uma concepção fundamentalmente errônea da linguagem e do conhecimento”.


        Embora os linguistas reconheçam que as IA são eficazes na tarefa de armazenar imensas quantidades de informação, que não necessariamente são verídicas, elas não possuem uma “inteligência” como a das pessoas. “Por mais úteis que esses programas possam ser em alguns campos específicos (como na programação de computadores, por exemplo, ou na sugestão de rimas para versos rápidos), sabemos, pela ciência da língua e pela filosofia do conhecimento, que diferem profundamente do modo como os seres humanos raciocinam e utilizam a linguagem”, alertaram. “Essas diferenças impõem limitações significativas ao que podem fazer, que pode ser codificado com falhas inerradicáveis”.


        Nesse sentido, os autores detalharam que, diferentemente de mecanismos de aplicativos como o ChatGPT, que operam com base na coleta de inúmeros dados, a mente humana pode funcionar com pequenas quantidades de informação, por meio das quais “não busca inferir correlações abruptas entre pontos (...), mas, sim, criar explicações”.


        Nessa linha, manifestam que esses aplicativos não são realmente “inteligentes”, pois carecem de capacidade crítica. Embora possam descrever e prever “o que é”, “o que foi” e “o que será”, não são capazes de explicar “o que não é” e “o que não poderia ser”.


Internet: <ihu.unisinos.br> (com adaptações).

Julgue o item que se segue, relativo a aspectos linguísticos do texto CB1A1. 


No segundo período do quarto parágrafo, o termo ‘que’, em ‘que diferem profundamente’, funciona como sujeito sintático da oração por ele introduzida, sendo o seu referente semântico a expressão ‘esses programas’.

Alternativas

Comentários

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ERRADO

Creio que a questão quer tratar o termo 'que' como um pronome relativo. Entretanto, a sua classificação correta é de Conjunção Integrante. Veja:

...sabemos, pela ciência da língua e pela filosofia do conhecimento (oração adverbial causal deslocada),(Isso) que.

- Portanto, ele não retoma 'esses programas', nem funciona como sujeito sintático.

No trecho fornecido, o termo "que", em "que diferem profundamente", não funciona como sujeito sintático da oração por ele introduzida. Ele atua como uma conjunção integrante que introduz uma oração subordinada substantiva.

"Sabemos que diferem profundamente do modo como os seres humanos raciocinam e utilizam a linguagem”

"Sabemos isto." ou "Isto é sabido"

A expressão "esses programas" é o sujeito da oração principal, enquanto a oração "que diferem profundamente do modo [...]" é uma oração subordinada substantiva completiva, que depende da oração principal para completar seu sentido.

Portanto, a afirmação está errada.

A questão tenta enganar o candidato colocando o famoso (TERMO INTRUSO)

Retirando o trecho ( pela ciência da língua e pela filosofia do conhecimento), perceberemos que o (que) que o qual a questao está se referindo é CONJUNÇÂO INTEGRANTE.

Sabemos o que? Sabemos ISSO.

Portanto, questão incorreta

Por mais úteis que esses programas possam ser em alguns campos específicos (como na programação de computadores, por exemplo, ou na sugestão de rimas para versos rápidos), sabemos, pela ciência da língua e pela filosofia do conhecimento, que diferem profundamente

É preciso bastante atenço para resolver essa questão :

O enunciado da o ''que'' como pronome relativo , mas na verdade ele tem função de CONJUNÇÃO INTEGRANTE ::

  • sabemos, pela ciência da língua e pela filosofia do conhecimento, que diferem profundamente

De modo mais simplificado : Sabemos que (isso) diferem profundamente

Lembrando - as 2 principais funções do QUE - :

pronome relativo - troca por : a qual / /as quais // o qual // os quais

conjunção integrante : troca por ISSO

ERRADO.

Sabemos (nós sabemos) ...ignora todo esse lixo que o texto colocou pra tentar te enganar... que (isso) diferem profundamente do modo como os seres humanos raciocinam e utilizam a linguagem”, alertaram.

Ou seja, o "que" não é pronome relativo, mas sim conjunção integrante.

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