Analise as afirmativas acerca dos processos de alfabetizaçã...
I. Alfabetização e letramento, embora sendo conceitos distintos, cada um com suas especificidades, são processos complementares e inseparáveis. II. A alfabetização não é dependente do letramento; é impossível alfabetizar letrando, pois se alfabetiza primeiramente, para se letrar depois. III. À medida que se apropria do sistema linguístico em situações contextualizadas, a criança percebe que a língua escrita tem uma função social.
Estão corretas as afirmativas
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A alternativa correta é a B - I e III, apenas.
A questão aborda os conceitos de alfabetização e letramento, que são dois processos fundamentais no aprendizado da língua escrita. Para resolver a questão com sucesso, é necessário compreender que a alfabetização foca no aprendizado do sistema de escrita, isto é, na capacidade de decodificar letras em sons e vice-versa. Já o letramento é um processo mais amplo, relacionado ao uso efetivo da leitura e da escrita em práticas sociais, ou seja, à capacidade de entender e produzir textos em contextos variados.
A afirmativa I está correta pois reconhece que alfabetização e letramento são processos complementares e inseparáveis. Ao aprender a ler e escrever, a criança também deve ser capaz de fazer uso social dessas habilidades. Desse modo, a alfabetização precisa estar integrada ao letramento desde o início, para que o aprendizado seja significativo.
Por outro lado, a afirmativa II é incorreta porque sugere que a alfabetização deve ocorrer antes do letramento, o que não é apoiado pela visão contemporânea de ensino da língua. Atualmente, entende-se que alfabetizar letrando é o mais adequado, ou seja, ensinar a ler e escrever dentro de um contexto que dê sentido às práticas de linguagem.
A afirmativa III está correta, pois destaca a importância da contextualização no processo de apropriação do sistema linguístico. É através do contato com situações reais de uso da língua escrita que a criança começa a compreender sua função social, o que é um aspecto central do letramento.
Portanto, as afirmativas I e III estão corretas, pois refletem a compreensão de que a alfabetização deve ser integrada ao letramento para que o aprendizado da língua escrita seja efetivo e significativo, o que justifica a escolha da alternativa B.
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Alfabetizar letrando: As crianças se apropriam do sistema de escrita alfabético ao mesmo tempo que podem usar os textos que circulam na sociedade. Isto é, a criança aprende a ler e escrever utilizando livros de histórias infantis, gibis, textos de internet e até redes sociais. Cabe ao professor utilizar estes recursos como meio para a alfabetização.
Letramento: Processo no qual o sujeito compreende a leitura e a escrita em diferentes práticas sociais. O letramento não possui um começo e um fim. Não existe um patamar para uma pessoa ser considerada letrada.
Alfabetização: É o processo que o sujeito codifica e decodifica os elementos da escrita e leitura (respectivamente).
Os dois eixos quantitativo e qualitativo constituem os três níveis de escrita classificados por Emília Ferreiro:
pré-silábico, silábico e alfabético. Vamos agora descrever cada um deles:
O primeiro nível de escrita é classificado como pré-silábico. Ele é caracterizado pela ausência de relação
entre oralidade e escrita. Nesta fase, é muito comum que as crianças, dependendo do que estão escrevendo,
aumentem ou diminuam o tamanho das letras de acordo com o significado da palavra.
Por exemplo: a palavra elefante será grafada com letras grandes, mas uma formiga será grafada com letra
muito pequenas. Além disso, não tem qualquer relação de correspondência de termos ou possíveis relações
assertivas entre fala e escrita. A criança coloca letras aleatoriamente. Em muitos casos coloca as letras do
seu nome que já conhece, porém sem relação alguma com a intenção da palavra escrita. Há também casos
de crianças que fazem garatuja ou pseudoletras. Todas sem nenhuma segmentação ou relação com a fala da
criança.
O segundo nível de escrita é classificado como silábico. Caracteriza-se como um erro construtivo da
criança. Ela elabora que cada letra ou marcação no papel (bolinha, traço) corresponde a uma sílaba dita
oralmente.
Por exemplo: a criança escreve a palavra cavalo como sendo CVL adotando o primeiro som de cada voga. Há
também crianças que tem esta mesma características, mas que não colocam nenhuma sonoridade próxima
da palavra original. Neste caso coloca a mesma palavra cavalo como FDG. Embora esta criança não tenha
relacionado os sons das consoantes com sua escrita, esta forma de escrever ainda é classificada como
silábica. Isso porque conceitualmente ela reconhece que cada letra possui um som, mas não tem nenhuma
relação próxima. Ela é silábica pois realiza o erro construtivo de compreender que cada letra mesmo sem
valor sonoro corresponde a uma sílaba.
O terceiro nível é caracterizado como o nível silábico-alfabético de escrita. Esta etapa é uma transição. Em alguns momentos a criança escreve como silábica e outras como alfabética. Um exemplo. Um dia ela pode escrever cavlo e esquecer da letra “a” na palavra. Mas em outro momento, ele poderá escrever de forma
alfabética cavalo.
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