Infere-se do texto que o projeto da União Européia, paciente...
de 1977, o leste asiático foi o espaço mais dinâmico da economia
capitalista, aumentando de forma geométrica sua participação na
riqueza mundial. Naquela região do mundo, entretanto, a maior
parte dos Estados nasceu no século XX, sobre bases territoriais,
sociais e culturais milenares.
Na Europa, a unificação é, sem dúvida, o fenômeno
contemporâneo que mais instiga o imaginário e estimula a crença
no fim dos Estados nacionais. Afinal, foi ali que eles nasceram,
nos séculos XV e XVI, junto com a própria idéia de soberania,
mas não há nada que corrobore essa crença, no processo de
unificação européia, porque ninguém ali está se propondo
dissolver em uma globalidade abstrata e cosmopolita. Se há
algum lugar no mundo - além da dramática decomposição de
alguns quase-países africanos - onde se pode falar de Estados
fracos ou fragilizados pelo processo de globalização financeira é
no território dos chamados mercados emergentes, em particular
na América Latina.
José Luís Fiori. 60 lições dos 90: uma década de liberalismo.
Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 39-40 (com adaptações).
A partir da análise contida no texto acima e também considerando
os múltiplos aspectos da ordem política e econômica do mundo
contemporâneo, julgue os itens seguintes.
Comentários
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Para mim esta questão deveria ser anulada. A UE não tem o objetivo de constituir um superestado. Há instituições supranacionais mas também há aquelas intergovernamentais. Até onde eu li e estudei sobre a UE nenhum autor referiu-se a ela com o objetivo de constituir um superestado aglutinando os países membros em um único Estado.
"Na Europa, a unificação é, sem dúvida, o fenômeno
contemporâneo que mais instiga o imaginário e estimula a crença
no fim dos Estados nacionais. Afinal, foi ali que eles nasceram,
nos séculos XV e XVI, junto com a própria idéia de soberania,
mas não há nada que corrobore essa crença, no processo de
unificação européia, porque ninguém ali está se propondo
dissolver em uma globalidade abstrata e cosmopolita."
Das passagens sublinhadas eu posso inferir que não há nada que corrobore a crença do fim dos estados nacionais. Ainda que se argumente que não dissolver seus integrantes em uma "globalidade abstrata e cosmopolita" autorizaria a criação de um superestado, acho forçar a barra dizer que isto se infere do texto. Na minha opinião a alternativa está errada.
Errei a questão porque raciocinei pela lógica de 2014 mas o texto é de 2001 e a prova de 2003, o contexto da união européia era diferente, o "mito do fim do Estado" ainda estava circulando.
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