O texto legitima a aceitabilidade do seguinte raciocínio:

Considerando que até a metade do texto Hannah Arendt se expressa na primeira pessoa do singular, e sendo ela uma mulher, deve-se entender como deslize a concordância nominal do particípio em devo ser considerado responsável.

O que se afirma sobre os governos revolucionários representa um argumento a favor da ideia de que todo governo assume a responsabilidade pelos atos e malfeitorias de seus predecessores, ainda que esse argumento seja apresentado no texto como premissa necessariamente evidente e verdadeira.

Se o indivíduo quiser abandonar a comunidade em que está inserido para escapar da responsabilidade política e estritamente coletiva, ele simplesmente fará uma troca, de grupo e de tipo de responsabilidade, pois nenhum homem pode viver sem pertencer a algum grupo social.

Se um autor estabelece interação com outro, o faz concordando plenamente com ele, concordando em termos, ou discordando totalmente; quando Arendt não dá sinal de assunção de pensamento pessoal, confirma a adesão completa ao outro, já definida em Ainda seguindo o argumento do senhor Feinberg.

O paralelismo estabelecido nas linhas de 9 e 10 evidencia a plena igualdade que se instala entre todas as comunidades políticas, pois nada há a distinguir na amplitude dos atos e malfeitorias assumidos por cada um dos citados responsáveis.