A relação passado/presente não se processa de forma automáti...

A compreensão da relação entre passado e presente não ocorre de maneira instantânea; ela requer o domínio de referências teóricas que proporcionam clareza aos elementos históricos escolhidos para análise. Um item só se transforma em documento histórico quando é interpretado por um narrador, que lhe atribui significado.

A alternativa correta é a letra C, que aponta que um objeto se torna documento quando é apropriado por um narrador que lhe confere sentido. Isso destaca o papel ativo do historiador ou narrador na construção do conhecimento histórico, em contraste com uma visão de que os objetos históricos tenham significado inerente ou autônomo.

• A alternativa A descreve uma função pedagógica, mas não define um objeto como documento.
• A alternativa B menciona a fundação de marcos de memória, mas isso não é suficiente para transformar um objeto em documento histórico.
• A alternativa D trata da variação de hipóteses, o que é uma característica do método científico, mas não aborda a transformação de um objeto em documento.
• E, por fim, a alternativa E contempla uma afirmação ampla sobre conhecimento histórico, mas não especifica o processo pelo qual um objeto se torna um documento.

Portanto, a seleção e interpretação de objetos históricos como documentos são essenciais para o entendimento e conexão entre passado e presente, e isso é feito por meio da atribuição de sentido por um narrador.

“A relação passado/presente não se processa de forma automática, pois exige o conhecimento de referências teóricas capazes de trazer inteligibilidade aos objetos históricos selecionados. Um objeto só se torna documento quando apropriado por um narrador que a ele confere sentido, tornando-o capaz de expressar a dinâmica da vida das sociedades. Portanto, o que nos interessa no conhecimento histórico é perceber a forma como os indivíduos construíram, com diferentes linguagens, suas narrações sobre o mundo em que viveram e vivem, suas instituições e organizações sociais” (BNCC, 2017, p. 395).