Ao analisar a entrada de venezuelanos no país, o editorial ...
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Ano: 2018
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Prova:
VUNESP - 2018 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Assistente Social |
Q1130538
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
Violência na fronteira
As agressões contra imigrantes venezuelanos em Pacaraima (RR), no sábado [18.08.2018], envergonham o país.
Por mais que se compreendam as tensões sociais exacerbadas pelo influxo contínuo de refugiados, não há como
relevar o recurso à violência para expulsar famílias que deixaram tudo para trás, empurradas pelo desespero.
É impossível minimizar o desastre social, econômico e
político que se abate sobre a nação vizinha, sob a autoridade
do ditador Nicolás Maduro.
Fome, desabastecimento, repressão e criminalidade
urbana impulsionam a busca por uma vida melhor, ou pela
simples sobrevivência. Nada diverso dos motivos que levaram pioneiros de outras regiões brasileiras a povoar Roraima,
poucas décadas atrás, se bem que não sob ameaça de uma
guerra civil.
Um estado não pode arcar sozinho com o inegável ônus
representado pela onda de venezuelanos. Os sistemas de
saúde e segurança pública, numa região pobre, são despreparados para lhe fazer frente. O governo federal deve agir,
com mais decisão.
O Brasil tem larga tradição de receber imigrantes. Há
que mantê-la, o que não se separa da responsabilidade de
organizar o fluxo, sem atenção para considerações miúdas
quanto a interesses de política provinciana em ano eleitoral.
Atribuir a violência aos recém-chegados não se sustenta
em fatos, ainda que episódios isolados possam ocorrer.
Roraima já enfrentava guerra sangrenta entre facções nacionais do tráfico.
A primeira preocupação deve ser evitar que a escalada
de tensão degenere em uma voga xenófoba, mesmo porque nada indica que os venezuelanos encontrem, em breve,
incentivos para deixar de fugir.
(Editorial. Folha de S.Paulo. 23.08.2018. Adaptado)
Ao analisar a entrada de venezuelanos no país, o editorial
defende que o Brasil