Em “[...] com a entrada às nossas costas.” (1º§), a ocorrênc...

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Q1984818 Português

Ética é sempre coletiva


        O filósofo grego Platão, no livro sétimo da obra “A república” traz o mito da caverna que diz que nós, humanos, vivemos aprisionados no fundo de uma caverna, olhando para a parede, com a entrada às nossas costas. Tudo o que é verdadeiro acontece lá, porém, a luz do sol projeta a sombra. Como estamos amarrados de frente para a parede, achamos que a sombra é a coisa verdadeira. No campo da ética, isso acontece também. As pessoas se contentam com as aparências: a aparência da honestidade, a aparência da decência, a aparência da sinceridade.

        Aliás, nós somos capazes de ficar por trás falando, o que os gregos chamavam de hipócritas – aqueles que ficavam ocultos, dizendo as falas sem aparecer, da onde vem a ideia de hipocrisia, aquilo que não se mostra, que fica na sombra. A ideia de revelar, de retirar a sombra é necessária no campo da ética. E nós somos o único animal capaz de perguntar se o que fazemos é correto ou incorreto. E isso é ética. A ética é o conjunto de princípios e valores que usamos para decidir a nossa conduta social.

        Só se fala em ética porque homens e mulheres vivem em coletividade. Se eu fosse sozinho, não existiria a questão da ética. Afinal, ética é a regulação da conduta da vida coletiva. Se só existisse um ser humano no planeta, o tema da ética não viria à tona, porque ele seria soberano para fazer qualquer coisa sem se importar com nada. Como vivemos juntos e juntas, precisamos ter princípios e valores de convivência, de maneira que tenhamos uma vida que seja íntegra, dos pontos de vista físico, material e espiritual.

        A moral é a prática, portanto, existe moral individual. A ética é o conjunto de princípios de convivência, portanto, não existe ética individual. Existe ética de um grupo, de uma sociedade, de uma nação.

(CORTELLA, Mário Sérgio. Disponível em: https://www.mscortella.com.br/ artigo-cortella-etica-moral-valores-principios-6a. Adaptado.)

Em “[...] com a entrada às nossas costas.” (1º§), a ocorrência de crase pode ser classificada como:
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CRASE FACULTATIVA

A ocorrência de crase é facultativa nas situações em que a presença do artigo definido feminino a ou da preposição a é também facultativa, podendo ou não aparecer na frase. Se o artigo e a preposição estiverem na frase, ocorre crase, havendo contração da preposição a com o artigo a. Se o artigo ou a preposição não estiverem na frase, não ocorre crase porque apenas há a presença de um deles.

O uso do acento grave indicativo de crase é facultativo porque o uso do artigo definido a é também facultativo:

  • Entreguei o documento à Luísa.
  • Entreguei o documento Luísa.

Ao analisarmos as frases, notamos que há a presença do artigo definido nas situações em que ocorre crase:

  • A Luísa recebeu o documento.

Já nas frases em que não ocorre crase, não há a presença do artigo definido:

  • Luísa recebeu o documento.

A ocorrência de contração é facilmente verificável se substituirmos o nome próprio feminino por um nome próprio masculino.

Exemplos com contração da preposição com o artigo:

  • Pedi a informação à Bruna.
  • Pedi a informação ao Bruno.

Exemplos apenas com a presença da preposição:

  • Pedi a informação a Bruna.
  • Pedi a informação a Bruno.

2. Antes de pronomes possessivos

O uso do acento grave indicativo de crase é facultativo porque o uso do artigo definido a é também facultativo:

  • Diga à minha mãe que chegarei tarde.
  • Diga a minha mãe que chegarei tarde.

Tal como explicado acima, há a presença do artigo definido nas frases em que ocorre crase:

  • A minha mãe foi informada.

Já nas frases em que não ocorre crase, não há a presença do artigo definido:

  • Minha mãe foi informada.

Também neste caso é possível verificar a ocorrência de contração se substituirmos o substantivo feminino por um substantivo masculino.

O uso do acento grave indicativo de crase é facultativo porque o uso da preposição a é também facultativo:

  • A loja ficará aberta até às 20h.
  • A loja ficará aberta até as 20h.
  • Ontem fomos até à nova estrada.
  • Ontem fomos até a nova estrada.
  • Irei até às últimas consequências.
  • Irei até as últimas consequências.

Também neste caso é possível verificar a ocorrência de contração se substituirmos o substantivo feminino por um substantivo masculino.

FONTE: https://www.normaculta.com.br/crase-facultativa/

crase facultativa:

ATE SUA MARIA

Não seria caso de crase obrigatória?

De fato, quando o pronome possessivo está no singular, a crase é facultativa.

Entretanto, quando está no plural (que é o caso da questão), a crase é obrigatória.

Ex: Dando viço às suas peregrinações (crase obrigatória).

Questão deveria ter sido anulada. A crase é obrigatória antes de pronome possessivo feminino plural.

Discordo do gabarito

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