Márcia, com dez anos de idade, relatou para sua mãe,...

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Q2487858 Psicologia
        Márcia, com dez anos de idade, relatou para sua mãe, Júlia, que há alguns meses tem sentido incômodo com as ações de seu padrasto, que aproveita para espioná-la enquanto ela toma banho e para expor suas partes íntimas, enquanto Júlia está fora de casa trabalhando. Márcia disse que, mais recentemente, o padrasto tentou tocar-lhe em suas partes íntimas e ameaçou matar Júlia, caso a criança contasse o ocorrido para alguém. Ao ouvir esse relato, Júlia imediatamente buscou ajuda.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o próximo item.
 A Márcia será assegurada assistência e proteção após escuta especializada por profissionais capacitados, que deverão fazer acareação entre ela e o padrasto para apurar os fatos e garantir que não seja praticada nenhuma injustiça.
Alternativas

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Gabarito: ERRADO

A situação apresentada envolve um caso de abuso sexual infantil. Para resolver essa questão, é necessário ter conhecimento sobre as políticas públicas de proteção à criança e ao adolescente, especialmente no tocante à escuta especializada e os procedimentos adequados para a apuração de denúncias de abuso.

Vamos começar justificando por que a alternativa está errada.

Primeiro, é importante entender o conceito de escuta especializada. De acordo com a Lei nº 13.431/2017, a escuta especializada é o procedimento realizado por profissional capacitado para ouvir a criança ou adolescente em situação de violência, sem causar-lhes sofrimento ou constrangimento. O objetivo é colher informações de maneira cuidadosa e respeitosa, evitando a revitimização.

Na afirmação dada, menciona-se que a Márcia seria submetida a uma acareação com o padrasto. A acareação é um procedimento utilizado para confrontar as declarações de duas ou mais pessoas em um processo investigativo. No entanto, a acareação entre a vítima e o agressor é inapropriada e contraindicada em casos de abuso sexual infantil, pois pode causar mais trauma e constrangimento à vítima.

Portanto, a alternativa está errada porque a legislação e as boas práticas de atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência não preveem a realização de acareação entre a vítima e o agressor. Pelo contrário, buscam garantir que a vítima seja ouvida em um ambiente seguro e que suas declarações sejam coletadas de maneira a evitar qualquer tipo de revitimização.

Em resumo, o aluno deve compreender que a proteção à vítima é primordial, e os profissionais envolvidos devem agir de forma a garantir o bem-estar da criança, sem expô-la a situações de confronto com o agressor.

Espero ter ajudado a esclarecer essa questão! Se tiver mais dúvidas, estou à disposição para ajudar.

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Comentários

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O erro da questão está em afirmar que a assistência e a proteção serão asseguradas após escuta especializada (EE), pois a EE já faz parte da assistência e da proteção. Ademais, há erro também em afirmar que os profissionais capacitados deverão fazer acareação, uma vez que a EE não tem esse objetivo, cabendo tal função ao Depoimento Especial.

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