Inúmeros são os fenômenos cadavéricos estudados, porém seus ...
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Gabarito comentado
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A alternativa correta é a E: potássio no humor vítreo e a oscilação da temperatura retal.
Vamos entender melhor o contexto da questão e as razões por trás dessa resposta.
No campo da Tanatologia Forense, que é a parte da Medicina Legal que estuda a morte e os fenômenos cadavéricos, é essencial estimar o tempo do óbito para ajudar em investigações criminais. A morte é um processo gradual, e não um evento único, o que complica a determinação exata do momento em que ocorreu. No entanto, é possível fazer uma aproximação do tempo da morte analisando vários fenômenos cadavéricos.
Nos primeiros momentos após a morte, alguns sinais e transformações no corpo são especialmente úteis para essa estimativa. Vamos analisar cada uma das alternativas para entender por que a alternativa E é a correta e as outras são incorretas.
Alternativa A - Livores de hipóstase e a rigidez cadavérica: Embora os livores (ou manchas de hipóstase) e a rigidez cadavérica sejam importantes, especialmente nos estágios iniciais da morte, eles não fornecem uma estimativa tão precisa do tempo de morte quanto a combinação de potássio no humor vítreo e a temperatura retal.
Alternativa B - Potássio no humor vítreo e a rigidez cadavérica: O potássio no humor vítreo é, de fato, uma medida muito útil, pois sua concentração aumenta de maneira relativamente constante após a morte. No entanto, a rigidez cadavérica não é tão precisa quanto a temperatura retal para estimar o tempo de morte.
Alternativa C - Potássio no humor vítreo e os livores de hipóstase: Novamente, o potássio no humor vítreo é um indicador confiável, mas os livores de hipóstase não são tão precisos na estimativa temporal quanto a oscilação da temperatura retal.
Alternativa D - Livores de hipóstase e os cristais de sangue putrefeito: Esses sinais são úteis em diferentes estágios da decomposição, mas não são tão precisos na estimativa do tempo de morte nas primeiras 24 horas.
Alternativa E - Potássio no humor vítreo e a oscilação da temperatura retal: Esta é a combinação mais precisa porque o potássio no humor vítreo aumenta de maneira constante, e a temperatura retal diminui a uma taxa previsível após a morte. Juntos, esses dados fornecem uma estimativa mais precisa do tempo de óbito.
Em resumo, a estimativa do tempo de morte é uma análise complexa que depende da combinação de vários sinais. O potássio no humor vítreo e a oscilação da temperatura retal são considerados os indicadores mais confiáveis nas primeiras 24 horas post mortem, por isso a alternativa E é a correta.
Espero que essa explicação tenha sido clara e útil. Se você tiver mais dúvidas ou precisar de mais exemplos, estarei à disposição para ajudar!
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Comentários
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Achei essa questão estranha por dizer que esses são os mais importantes!
alguém que saiba de algum fundamento para ela, livro ou outra coisa do tipo!
Oscilação da temperatura retal.
Os fenômenos cadavéricos abióticos são aqueles que se tornam evidentes logo após a morte do indivíduo, ainda antes da proliferação bacteriana, e têm curta duração. São exemplos: arrefecimento corporal, aparecimento de livores de hipóstase, dessecamento tegumentar e rigidez cadavérica. Estes ocorrem em todos os casos de morte e praticamente não dependem do modo como ocorreu o evento fatal (CAÑADAS et al, 2003). O arrefecimento corporal, algor mortis, tem início logo que as funções vitais do corpo são cessadas, tais como os processos metabólicos e a circulação sanguínea, que mantêm a temperatura corporal constante em torno de 36ºC. Pelas leis da física, o corpo apresenta a tendência de atingir o equilíbrio térmico com o meio ambiente. Assim, prevê-se que o corpo humano perca em torno de 1ºC por hora após a morte (SWIFT, 2006). Portanto, o controlo da medição da temperatura do cadáver é um método válido para determinar o intervalo post-mortem. Geralmente, a temperatura é obtida de regiões que não estão em contato direto com o meio ambiente, como por exemplo, das axilas e da região retal. Porém, esse método, apesar de fácil e rápido, apenas se mostra confiável para as primeiras 10 horas após a morte. A imprecisão do método de arrefecimento está relacionada com a velocidade a que se atinge o equilíbrio. Esta é uma junção de fatores muito específicos como, a temperatura ambiente, que pode oscilar bastante; a quantidade de tecido adiposo no corpo, que funciona como isolante térmico; o volume corporal total e as vestes que eventualmente cubram o corpo (DAVY, 1839).
potássio no humor vítreo.
Fenômenos abióticos (consecutivos são aqueles que vão se estabelecer ao longo do tempo, em função da parada da função metabólica )
Com o final da rigidez cadavérica, surge o dessecamento tegumentar advindo do fenômeno de relaxamento e flacidez tecidual que tem início entre as 12 e 18 horas após a morte. Nesta fase é possível observar que, ao se fazer pressão nos tecidos, estes não vão retornar à forma anterior. Para além destes fenômenos, existem ainda outras alterações no organismo capazes de fornecerem uma data aproximada da morte.
É possível aferir o IPM pelos níveis de potássio no humor vítreo. É sabido que a quantidade de potássio aumenta, progressivamente, à medida que transcorre o tempo após a morte (GARRIDO e RODRIGUES, 2014), sendo que os valores progressivos são confiáveis para os climas quentes, apenas para as primeiras 12 horas posteriores ao óbito. Por outro lado, em climas frios, a precisão pode estender-se por 24 horas. Assim sendo, este método não é aconselhável para ser utilizado na realidade brasileira, ou em países de clima tropical.
Oscilação da temperatura retal.
Os fenômenos cadavéricos abióticos são aqueles que se tornam evidentes logo após a morte do indivíduo, ainda antes da proliferação bacteriana, e têm curta duração. São exemplos: arrefecimento corporal, aparecimento de livores de hipóstase, dessecamento tegumentar e rigidez cadavérica. Estes ocorrem em todos os casos de morte e praticamente não dependem do modo como ocorreu o evento fatal (CAÑADAS et al, 2003). O arrefecimento corporal, algor mortis, tem início logo que as funções vitais do corpo são cessadas, tais como os processos metabólicos e a circulação sanguínea, que mantêm a temperatura corporal constante em torno de 36ºC. Pelas leis da física, o corpo apresenta a tendência de atingir o equilíbrio térmico com o meio ambiente. Assim, prevê-se que o corpo humano perca em torno de 1ºC por hora após a morte (SWIFT, 2006). Portanto, o controlo da medição da temperatura do cadáver é um método válido para determinar o intervalo post-mortem. Geralmente, a temperatura é obtida de regiões que não estão em contato direto com o meio ambiente, como por exemplo, das axilas e da região retal. Porém, esse método, apesar de fácil e rápido, apenas se mostra confiável para as primeiras 10 horas após a morte. A imprecisão do método de arrefecimento está relacionada com a velocidade a que se atinge o equilíbrio. Esta é uma junção de fatores muito específicos como, a temperatura ambiente, que pode oscilar bastante; a quantidade de tecido adiposo no corpo, que funciona como isolante térmico; o volume corporal total e as vestes que eventualmente cubram o corpo (DAVY, 1839).
potássio no humor vítreo.
Fenômenos abióticos (consecutivos são aqueles que vão se estabelecer ao longo do tempo, em função da parada da função metabólica )
Com o final da rigidez cadavérica, surge o dessecamento tegumentar advindo do fenômeno de relaxamento e flacidez tecidual que tem início entre as 12 e 18 horas após a morte. Nesta fase é possível observar que, ao se fazer pressão nos tecidos, estes não vão retornar à forma anterior. Para além destes fenômenos, existem ainda outras alterações no organismo capazes de fornecerem uma data aproximada da morte.
É possível aferir o IPM pelos níveis de potássio no humor vítreo. É sabido que a quantidade de potássio aumenta, progressivamente, à medida que transcorre o tempo após a morte (GARRIDO e RODRIGUES, 2014), sendo que os valores progressivos são confiáveis para os climas quentes, apenas para as primeiras 12 horas posteriores ao óbito. Por outro lado, em climas frios, a precisão pode estender-se por 24 horas. Assim sendo, este método não é aconselhável para ser utilizado na realidade brasileira, ou em países de clima tropical.
Aos não Assinantes: Gabarito Letra E
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