A hanseníase é uma das doenças mais antigas da humanidade. O...

A alternativa C está correta.

A hanseníase, também conhecida como lepra, é uma doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae. Esta doença é caracterizada por uma multiplicidade de manifestações clínicas, principalmente na pele e no sistema nervoso periférico. No Brasil, a hanseníase ainda representa um importante problema de saúde pública devido ao elevado número de casos novos registrados anualmente.

Vamos analisar cada uma das alternativas para compreender melhor o tema abordado e justificar a correção:

Alternativa A: "A baciloscopia de pele, quando disponível, deve ser utilizada como exame complementar para a classificação dos casos em paucibacilar (PB) ou multibacilar (MB). O resultado negativo da baciloscopia exclui o diagnóstico da hanseníase."

Essa alternativa está incorreta. Embora a baciloscopia de pele seja um exame importante para a classificação dos casos de hanseníase, um resultado negativo não exclui o diagnóstico. A hanseníase pode ser diagnosticada clinicamente com base nas lesões cutâneas características e alterações neurológicas, independentemente do resultado da baciloscopia.

Alternativa B: "As alterações hormonais da gravidez causam diminuição da imunidade celular, fundamental na defesa contra o M. leprae. Os esquemas padrão de poliquimioterapia (PQT) para tratamento da hanseníase não têm sua utilização recomendada para gestantes."

Esta alternativa também está incorreta. Os esquemas de poliquimioterapia (PQT) são seguros e recomendados para uso durante a gravidez. É essencial tratar gestantes para prevenir a evolução da doença e evitar complicações, tanto para a mãe quanto para o feto.

Alternativa C: "A principal via de eliminação do bacilo pelo doente e a mais provável via de entrada deste no organismo são as vias aéreas superiores (mucosa nasal e orofaringe), por meio de contato próximo e prolongado, muito frequente na convivência domiciliar."

Esta alternativa está correta. O Mycobacterium leprae é principalmente transmitido através das vias respiratórias superiores, como a mucosa nasal. O contágio costuma ocorrer em situações de convívio prolongado e próximo, como dentro do ambiente familiar.

Alternativa D: "O tratamento da doença é eminentemente hospitalar, devido aos inúmeros efeitos colaterais provocados pelos esquemas terapêuticos padronizados (PQT) para o tratamento do doente com hanseníase."

Esta alternativa está incorreta. O tratamento da hanseníase é ambulatorial e realizado em unidades de saúde primárias. Os esquemas de poliquimioterapia são bem tolerados e os efeitos colaterais são geralmente leves e gerenciáveis.

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Contato domiciliar: toda e qualquer pessoa que resida ou tenha residido, conviva ou tenha convivido com o doente de hanseníase, no âmbito domiciliar, nos últimos cinco anos anteriores ao diagnóstico da doença, podendo ser familiar ou não. Atenção especial deve ser dada aos familiares do caso notificado, por apresentarem maior risco de adoecimento, mesmo não residindo no domicílio do caso. Devem ser incluídas, também, as pessoas que mantenham convívio mais próximo, mesmo sem vínculo familiar, sobretudo, aqueles que frequentem o domicílio do doente ou tenham seus domicílios frequentados por ele.

Contato social: toda e qualquer pessoa que conviva ou tenha convivido em relações sociais (familiares ou não), de forma próxima e prolongada com o caso notificado. Os contatos sociais, que incluem vizinhos, colegas de trabalho e de escola, entre outros, devem ser investigados de acordo com o grau e tipo de convivência, ou seja, aqueles que tiveram contato muito próximo e prolongado com o paciente não tratado.

Tal contato, caso não doente, deve ser avaliado quanto à cicatriz vacinal de BCG. Se não houver cicatriz ou houver apenas 1, deve-se prescrever uma dose de BCG ID. Se houver 2 cicatrizes, não será necessária nenhuma outra dose.