A bipolaridade do pós-Segunda Guerra, também conhecida como ...
1968, no âmbito das relações internacionais, foi ditado pela supremacia
de dois gigantes sobre o mundo. Os EUA e a União Soviética (URSS)
assenhoraram-se dos espaços e criaram um condomínio de poder que só
foi abalado no final da década de 60 e início da de 70.
Existiram, no entanto, nuances no sistema condominial de poder.
Da relação quente da Guerra Fria (1947-1955) à lógica da coexistência
pacífica (1955-1968), as duas superpotências migraram da situação de
desconfiança mútua para uma modalidade de convivência tolerável.
Da corrida atômica do final da década de 40 e início da de 50 às
negociações para um sistema de segurança mundial sustentado no
equilíbrio das armas nucleares, os dois gigantes evoluíram nas suas
percepções acerca da avassaladora capacidade destrutiva que
carregavam.
José Flávio Sombra Saraiva. Dois gigantes e um condomínio: da Guerra Fria
à coexistência pacífica. In: José Flávio Sombra Saraiva (org.). Relações
internacionais: dois séculos de História - entre a ordem bipolar e o policentrismo
(de 1947 a nossos dias). Brasília: IBRI, 2001, p. 19 (com adaptações).
Tendo o texto apresentado como referência inicial e considerando as
relações internacionais do pós-1945, julgue os itens a seguir.
- Gabarito Comentado (1)
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Gabarito comentado
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O gabarito da questão em análise é Certo. Durante o período conhecido como Guerra Fria, observou-se uma bipolaridade no sistema internacional, caracterizada por uma disputa de poder e influência entre duas superpotências: os Estados Unidos da América (EUA) e a União Soviética (URSS). Este confronto não se restringiu apenas ao âmbito militar e estratégico, mas também se manifestou no plano ideológico, com o embate entre o capitalismo, liderado pelos EUA, e o socialismo, representado pela URSS.
Esta bipolaridade apresentou uma particularidade em comparação com as configurações de poder anteriores, uma vez que as superpotências estavam localizadas fora do eixo tradicional europeu, demonstrando a mudança no centro de gravidade político do poder mundial. Essa característica ressalta a singularidade do período pós-Segunda Guerra Mundial no que diz respeito às relações internacionais.
Além disso, as duas nações exerceram influência sobre outros países e territórios, estabelecendo áreas de influência e criando um "condomínio" bipolar que se manteve até o final da década de 1960 e início da década de 1970, quando começou a ser desafiado. A transição da desconfiança mútua para uma coexistência pacífica aponta para uma evolução nas percepções das superpotências sobre o potencial destrutivo das armas nucleares que possuíam.
Portanto, a assertiva corretamente identifica a natureza singular da bipolaridade durante o período da Guerra Fria, marcada pelo confronto geopolítico e ideológico entre EUA e URSS, que se desdobrou em uma complexa rede de alianças e conflitos internacionais.
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Comentários
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Mais do que duas nações, Estados Unidos e União Soviética representaram o antagonismo entre dois modos de organização da sociedade, da economia e das relações políticas. Sendo assim, a chamada “guerra fria” simboliza o enfrentamento dessas duas ideologias fomentadas pelo suporte ideológico dos valores de ordem socialista e capitalista. Além disso, devemos destacar que a “guerra fria” ganha esse nome por não observarmos um confronto direto entre soviéticos e norte-americanos.
acertei a questão, mas fiquei bolada com "em termos teóricos"
Para acertar essa, tem que passar por cima do fato de que a União Soviética (antes Rússia) não pode ser exatamente considerada uma potência não tradicional.
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