Sobre o processo de informatização das redações nos jornais ...
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I. Foi iniciado na redação do Jornal do Brasil, em 1995, e impôs mudanças profundas no método de trabalho dos jornalistas. ERRADO
De acordo com o autor (SODRÉ. Nelson Werneck. História da imprensa no Brasil. São Paulo: Martins Fontes, 1983.), um dos primeiros jornais brasileiros a surgir já sob a forma de empresa foi a Folha de São Paulo, fundada em 1921, ainda sob o título de Folha da Noite (idem, p. 409). Jornal que este que também será um dos pioneiros na introdução das novas tecnologias em sua rotina produtiva, a partir dos anos de 1978, e protagonizará um momento referencial da história do jornalismo brasileiro no século XX, com a implantação de um projeto editorial que se tornou modelo para outros veículos de comunicação em todo o país.
II. Provocou, como uma de suas consequências negativas, a demissão dos jornalistas encarregados exclusivamente da revisão. CORRETO
Antes da chegada dos terminais de vídeo nas redações, a Folha contava com cem datilógrafas, dois engenheiros eletrônicos, quatro técnicos, 95 pestapistas, 56 fotocompositores e 102 revisores. Com o uso efetivo dos terminais de vídeo, a revisão foi extinta por completo, e as datilógrafas transferidas para a digitação. O próximo setor a de saparecer seria o de arte-final (VIANNA, Ruth Penha Alves.Informatização da Imprensa Brasileira. São Paulo: Loyola, 1992. p. 32).
III. Foi visto pelas empresas como uma forma de economia e de maior agilidade na elaboração dos periódicos. CORRETO
FONTE: http://www.ufrgs.br/alcar/encontros-nacionais-1/encontros-nacionais/7o-encontro-2009-1/Da%20extincao%20do%20copidesque%20ao%20jornalismo%20multimidia.pdf
.
Marquei todas corretas e fui pesquisar. Considerando esse trecho das apostilas do ISCOM, a assertiva I está CORRETA sim! Segue:
"Jornal do Brasil: teve papel crucial na imprensa brasileira, sobretudo
a partir de 1959, quando passou por uma reforma editorial e gráfica,
feita pelo designer Amílcar de Castro, que revolucionou o design de
jornais no Brasil. Teve editores-chefes do calibre de Rui Barbosa,
Alberto Dines, Jânio de Freitas e correspondentes como Eça de
Queirós. Vítima de longa e severa crise financeira, o JB tornou-se o
primeiro jornal digital do Brasil, em 1995, e 15 anos depois deixou
de circular a versão impressa. “O jornal era muito importante para o
país e era adorado pelos intelectuais” (Ribeiro, 2015).
Cuidado com o comentário do concurseiros elite, que está errado. O trecho a que ele se refere, que está na apostila do Iscom, simplesmente credita ao Jornal do Brasil o posto de primeiro jornal online, ou seja, o jornal tinha sua versão para a internet, com as mesmas matérias do impresso. O primeiro jornal a informatizar a redação, provavelmente inserindo máquinas de escrever eletrônicas, o que já era grande avanço, foi a Folha de São Paulo, conforme o próprio periódico se orgulha.
"Já em 1962, chegava aos leitores todos os dias, enquanto o principal concorrente, "O Estado de S. Paulo", não circulava às segundas.
Cinco anos depois, saíram do pátio da empresa, na alameda Barão de Limeira (centro de São Paulo), os primeiros jornais da América Latina impressos em offset, sistema hoje adotado em todo o país. Foi a Folha também a primeira a abandonar o chumbo, informatizar a Redação, usar cores diariamente na capa, digitalizar imagens e produzir suas páginas de modo inteiramente eletrônico."
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/especial/fj1902201129.htm
Caí na pegadinha do JB.
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