Ao analisar o futuro do trabalho na sociedade resultante da ...
Ao analisar o futuro do trabalho na sociedade resultante da quarta Revolução Industrial da internet das coisas, que alguns autores chamam de “sociedade com custo marginal zero”, a tendência é a eliminação crescente de postos de trabalho em categorias até agora pouco ameaçadas, como caminhoneiros e trabalhadores de confecções. A automação e a robótica eliminariam diversos cargos na prestação de serviços, e mesmo os trabalhadores do conhecimento poderão ser dispensados pela utilização da mesma tecnologia que desenvolve TI. Megadados e algoritmos reduziriam o custo marginal da mão de obra, e haveria uma desvinculação entre produtividade e emprego. E, sem empregos, quem compraria as mercadorias? Velha questão, já situada e sempre retomada no debate sobre as crises cíclicas do capitalismo. Sobre o novo mundo do trabalho marcado por uma cultura tecnocrática, cujo espaço virtual é a internet, podemos afirmar que, EXCETO:
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Gabarito C
O mais interessante dessa questão é o conceito central no enunciado:
Claude
A "sociedade com custo marginal zero" é um conceito apresentado por Jeremy Rifkin em seu livro "A sociedade com custo marginal zero", que descreve uma nova era econômica e social impulsionada pelas tecnologias disruptivas da Quarta Revolução Industrial.
Nessa sociedade, o custo marginal, ou seja, o custo adicional para produzir uma unidade a mais de um bem ou serviço, tende a zero devido à automação, à Internet das Coisas, à manufatura aditiva (como a impressão 3D) e às energias renováveis distribuídas.
Algumas características dessa sociedade incluem:
- Desvinculação entre produtividade e emprego: Com a automação avançada e a inteligência artificial, haverá menos necessidade de mão de obra humana, levando a uma diminuição de empregos tradicionais.
- Produção e compartilhamento de bens e serviços a custo marginal zero: Com a tecnologia, será possível produzir e compartilhar bens e serviços (como informação, energia, produtos manufaturados, etc.) a um custo marginal próximo de zero.
- Economia colaborativa e de compartilhamento: Haverá uma transição da economia de propriedade para uma economia de acesso e compartilhamento, impulsionada pelas plataformas peer-to-peer e pela Internet das Coisas.
- Energia renovável e distribuída: As fontes de energia renováveis e distribuídas, como solar e eólica, terão um papel central, reduzindo os custos de produção e distribuição de energia.
- Impressão 3D e manufatura aditiva: A manufatura aditiva, como a impressão 3D, permitirá a produção descentralizada e personalizada de bens, reduzindo custos de transporte e estoque.
- Desafios sociais e econômicos: Com a diminuição de empregos tradicionais, surgirá a necessidade de repensar os sistemas de renda, educação, propriedade intelectual e a própria organização do trabalho.
Em resumo, a "sociedade com custo marginal zero" é uma visão de um futuro em que as tecnologias disruptivas possibilitarão a produção e o compartilhamento de bens e serviços a custos muito baixos ou próximos de zero, desafiando os modelos econômicos tradicionais e exigindo uma reformulação das estruturas sociais e econômicas.
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