A enzima de resistência mais prevalente nos plasmídeos de Kl...
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Alternativa correta: E - KPC.
Tema central da questão: A questão aborda a resistência bacteriana, especificamente em relação à Klebsiella pneumoniae, uma bactéria frequentemente associada a infecções hospitalares. Para responder à questão, é importante entender quais são as enzimas de resistência mais comuns associadas a esta bactéria, especialmente aquelas que são mediadas por plasmídeos.
Explicação da alternativa correta: A alternativa correta é a KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase). Esta é uma enzima que confere resistência a antibióticos carbapenêmicos, que são usados como último recurso no tratamento de infecções graves. A KPC é uma das enzimas de resistência mais prevalentes encontradas em plasmídeos de Klebsiella pneumoniae, o que a torna uma preocupação significativa em ambientes hospitalares devido à dificuldade de tratamento das infecções que ela causa.
Análise das alternativas incorretas:
A - IMP: As metalo-β-lactamases do tipo IMP conferem resistência a carbapenêmicos, mas não são as mais prevalentes em plasmídeos de Klebsiella pneumoniae; são mais comumente associadas a outras espécies bacterianas.
B - SHV: SHV é um tipo de β-lactamase, mas está mais relacionado à resistência a penicilinas e algumas cefalosporinas, e não é a enzima mais prevalente em plasmídeos de Klebsiella pneumoniae.
C - ESBL: ESBLs (β-lactamases de espectro estendido) conferem resistência a penicilinas e cefalosporinas de terceira geração. Embora importantes, não são mais prevalentes que a KPC em termos de carbapenemases.
D - CTX-M: Estas são β-lactamases de espectro estendido que conferem resistência principalmente a cefalosporinas. Elas são prevalentes, mas não tanto quanto a KPC no contexto da pergunta.
Entender o impacto das enzimas de resistência e sua prevalência é crucial na área de análises clínicas, especialmente para diagnosticar e tratar infecções de maneira eficaz.
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KPC = Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase, conhecida como a " superbactéria ".
KPC- Klebsiella pneumoniae, faz parte de um grupo de enterobactérias produtora da enzima carbapenemase (associou-se o nome da enzima ao microrganismo de onde foi isolada pela primeira vez e onde há maior prevalência), que inativam os carbapenêmicos (Ertapenem, Imipenem, Doripenem e Meropenem) e outros Betalactâmicos. Surgiu por conta das mutações genéticas, em que a bactéria desenvolveu resistência aos antibióticos, como mecanismo de sobrevivência. Isso acontece porque toda bactéria possui uma estrutura genética transferível, chamada plasmídeo, capaz de se transferir de uma bactéria para outra. Depois de receber esse código genético, a bactéria que inicialmente era inofensiva, passa a resistir medicações por mais potentes que sejam. A enzima não é restrita unicamente a uma espécie bacteriana, podendo ser sintetizada também por outras como a Salmonella entérica, Enterobacter sp., Enterobacter cloacea e Pseudomonas spp. São bactérias oportunistas atacando pacientes com quadro de saúde debilitado, gravemente feridos, internados em UTIs e submetidos a processos invasivos. O uso indiscriminado de antibióticos como cefalosporinas de 3º geração, fluroquinolonas, além do aumento da incidência de doenças crônicas, também são fatores de grande relevância. A mortalidade pela KPC é de 30% a 40% maior em comparação à mortalidade por Klebsiella pneumoniae não modificada, segundo o diretor da ANVISA. O fato mais preocupante com relação a enzima KPC é sua capacidade de hidrolisar todas as cefalosporinas de primeira, segunda e terceira geração e o aztreonam. Além disso, é comum entre as bactérias que expressam genes para a produção de KPC, a presença também de genes de resistência a outros antibióticos, principalmente aos da classe dos macrolídeos e aminoglicosídeos, totalizando resistência a 95% dos antibióticos existentes no mercado farmacêutico.
Fonte: https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=http://www.hupe.uerj.br/hupe/Administracao/AD_coordenacao/pdfs_/Bact%25C3%25A9ria%2520KPC.pdf&ved=2ahUKEwiftYr997DqAhWNHbkGHeDmD2cQFjAMegQIARAB&usg=AOvVaw1AJJLjke4qO5PCx29h4LMi
As KPCs são as mais prevalentes encontradas em plasmídeos de Klebsiella pneumoniae. A enzima KPC já foi documentada em diferentes bactérias por meio de estudos moleculares e diferenciada em KPC-1 a 4, com a seguinte descrição: KPC-1 em isolados de Klebsiella pneumoniae; KPC-2 em K.
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