A respeito do assunto Currículo e Diversidade, trabalhado p...
( ) Certos saberes que não encontram um lugar definido nos currículos oficiais podem ser compreendidos como uma ausência ativa e, muitas vezes, intencionalmente produzida.
( ) Há, na educação brasileira, uma monocultura do saber, que privilegia o saber científico (transposto didaticamente como conteúdo escolar) como único e legítimo.
( ) Os movimentos sociais, conquanto sujeitos políticos, podem ser vistos como produtores de saber. Este tem sido considerado enquanto tal pelo campo educacional.
( ) A inserção da diversidade nos currículos implica compreender as causas políticas, econômicas e sociais de fenômenos como etnocentrismo, racismo, sexismo, homofobia e xenofobia.
( ) Há diversos conhecimentos produzidos pela humanidade que ainda estão ausentes nos currículos e na formação dos professores.
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A alternativa correta é a B - V, V, F, V, V. Vamos discutir cada item para entender o porquê dessa resposta ser a mais adequada.
O primeiro item é verdadeiro. Ele aborda a ideia de que existe uma seleção de saberes que são validados e incluídos nos currículos oficiais, enquanto outros são excluídos, o que pode ser uma decisão intencional refletindo o que a sociedade valoriza ou silencia. A educação crítica envolve reconhecer que o currículo pode perpetuar desigualdades ao ignorar conhecimentos de grupos marginalizados.
O segundo item também é verdadeiro. A monocultura do saber na educação brasileira se refere à predominância do saber científico, que é transposto didaticamente para o contexto escolar, muitas vezes desconsiderando outras formas de conhecimento, como o popular, o tradicional, o cultural e o sensorial.
O terceiro item é falso. Os movimentos sociais são, de fato, sujeitos políticos e produtores de saber. No entanto, embora isso esteja cada vez mais sendo reconhecido no campo educacional, ainda existe uma resistência significativa e uma luta pela inclusão destes saberes na educação formal.
O quarto item é verdadeiro. Inserir a diversidade nos currículos não se trata apenas de adicionar conteúdos que contemplem diferentes culturas e grupos sociais. É essencial compreender as causas estruturais de fenômenos como etnocentrismo, racismo, sexismo, homofobia e xenofobia e como essas questões influenciam a educação e a sociedade.
O quinto item também é verdadeiro. Existe uma vasta quantidade de conhecimento produzido pela humanidade que não está presente nos currículos escolares, nem na formação dos professores. Isso reforça a necessidade de repensar a educação para que ela seja mais inclusiva e representativa da diversidade humana.
Essa questão nos leva a refletir sobre a importância de um currículo que seja inclusivo, que respeite e valorize a diversidade cultural, social, e epistemológica e que prepare estudantes para serem cidadãos críticos e ativos em uma sociedade plural.
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Comentários
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Cabe destacar, aqui, o papel dos movimentos sociais e culturais nas demandas em prol do respeito à diversidade no currículo. Tais movimentos indagam a sociedade como um todo e, enquanto sujeitos políticos, colocam em xeque a escola uniformizadora que tanto imperou em nosso sistema de ensino. Questionam os currículos, imprimem mudanças nos projetos pedagógicos, interferem na política educacional e na elaboração de leis educacionais e diretrizes curriculares.
Nessa perspectiva, os movimentos sociais conquanto sujeitos políticos podem ser vistos como produtores de saber. Este nem sempre tem sido considerado enquanto tal pelo próprio campo educacional. O não reconhecimento dos saberes e das práticas sociais no currículo tem resultado no desperdício da experiência social dos(as) educandos(as), dos(as) educadores(as) e da comunidade nas propostas educacionais (Santos, 2006).
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