Entre Hobbes e Locke existem diferenças na interpretação so...
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Alternativa correta: D - estado e comunidade
Vamos entender por que a alternativa D está correta e discutir um pouco mais sobre as interpretações de Hobbes e Locke em relação à origem e às funções do Estado.
A questão aborda a diferença de interpretação entre Thomas Hobbes e John Locke sobre a palavra latina civitas. Esses dois filósofos têm visões distintas sobre a natureza do Estado e da sociedade, que refletem suas concepções sobre civitas.
Thomas Hobbes, em sua obra Leviatã, entende civitas como estado. Para Hobbes, o Estado é uma entidade soberana criada através de um contrato social para impor ordem e prevenir o caos da condição natural do homem, que ele descreve como uma "guerra de todos contra todos". Neste contexto, o Estado tem poder absoluto para garantir a segurança e a paz.
John Locke, por outro lado, em seus Dois Tratados sobre o Governo, interpreta civitas como comunidade. Locke acredita que a sociedade civil é formada por indivíduos livres e iguais que consentem em criar um governo para proteger seus direitos naturais à vida, liberdade e propriedade. Ao contrário de Hobbes, Locke defende um governo limitado e justificado pelo consentimento dos governados, com a comunidade mantendo o direito de alterar ou abolir o governo se este não cumprir suas funções.
Portanto, a alternativa D está correta porque captura com precisão como Hobbes e Locke diferem em suas interpretações de civitas: para Hobbes, é sinônimo de estado; para Locke, é sinônimo de comunidade.
Essa distinção é fundamental para entender as diferentes teorias do contrato social e as justificativas para a autoridade do Estado e os direitos dos indivíduos.
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(HOBBES. Ibidem, Cap.XVI p.103.)
Faz-se necessário a criação do estado e este tem que ser pleno, tem que ter um poder soberano, capaz de proteger a ordem e a segurança do povo.
[...] designar um homem ou uma assembléia de homens, como representante de suas pessoas, considerando e reconhecendo cada um como autor de todos os atos que aquele que representa sua pessoa para praticar ou levar a praticar, em tudo que disser a respeito à paz e segurança comuns; Todos submetendo assim suas vontades à vontade do representante, e suas decisões a sua decisão. Isto é mais do que consentimento ou concórdia é uma verdadeira unidade de todos, ele numa só e mesma pessoa realizada por um pacto de cada homem com todos os homens, de um modo como se cada homem dissesse a cada homem: Cedo e transfiro meu direito de governar a mim mesmo a este homem, ou a esta assembléia de homens, com a mesma condição de transferires a ele teu direito, autorizando de maneira semelhante todas as suas ações. Feito isso a multidão assina unida numa só pessoa que se chama Estado, em latim civitas.[...]
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Locke aborda as diversas formas de governo como a democracia, a oligarquia e a monarquia, porém para ele nenhuma é eficaz e dá a definição de comunidade “civitas” que deve ser interpretada como comunidade social “commonwealth”. Mesmo considerado em suas maiores dimensões, o poder que ela detém se limita ao bem público da sociedade. É um poder que não tem outra finalidade senão a preservação, e por isso nunca tem o direito de destruir, escravizar ou, intencionalmente, empobrecer os súditos. (p.134)
FONTE: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABPNAAL/estado e veronicakarvat.blogspot.com/2013/03/john-locke.html
BONS ESTUDOS
A LUTA CONTINUA
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