No que se refere a patrimônio cultural e arquitetônico, julg...
O francês Eugène Emmanuel Viollet-Le-Duc foi contemporâneo e crítico ferrenho das ideias de John Ruskin. O arquiteto inglês acreditava que "a restauração é a destruição do edifício, é como tentar ressuscitar os mortos. É melhor manter uma ruína do que restaurá-la". Para Viollet- Le-Duc, "restaurar um edifício não é mantê-lo, repará-lo ou refazê-lo, é restabelecê-lo em um estado completo que pode nunca ter existido em um dado momento."
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A alternativa Certa (C) é a correta.
O tema central da questão é a abordagem de restauração arquitetônica no contexto do patrimônio cultural. A questão explora as perspectivas divergentes de dois importantes teóricos: Eugène Emmanuel Viollet-Le-Duc e John Ruskin.
Viollet-Le-Duc defendia que a restauração deveria buscar restabelecer um edifício a um estado completo, que pode até nunca ter existido em um momento específico. Isso significa que ele via a restauração como um meio de completar e até mesmo aprimorar o edifício, em vez de apenas manter ou reparar sua estrutura atual. Viollet-Le-Duc acreditava que o processo poderia incorporar novos elementos para dar unidade ao edifício.
Por outro lado, John Ruskin tinha uma visão mais conservadora: ele via a restauração como uma forma de destruição. Para Ruskin, manter uma ruína em seu estado original era preferível a tentar restaurá-la, pois a restauração poderia alterar seu valor histórico.
A questão exige do candidato o conhecimento sobre essas abordagens para determinar se a afirmação apresentada está correta. Dado o que foi mencionado no texto de apoio, a afirmação condiz com a visão de Viollet-Le-Duc, portanto, ela está certa.
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Comentários
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Gab. C
Eugène Emmanuel Viollet-Le-Duc:
Filosofia: “restaurar um prédio é devolve-lo a um estado de plenitude que pode nunca ter existido”.
Busca a pureza do estilo (faz reconstituição daquilo que teria sido feito, uma reformulação ideal do projeto).
John Ruskin
Defendeu teorias como “anti scrape movement” termo inglês que significa raspar um determinado monumento de forma a conferir uma unidade ou clareza espacial e o “movimento anti-restauração” movimento radicalmente contra a restauração, porém defensor do cuidado e manutenção rotineira.
Para Ruskin, algumas intervenções até eram permitidas, porém, apenas para conservar a edificação. O autor aceitava pequenas obras de consolidação ("muletas"). Quando as mesmas perdiam sua utilidade, ele conformavase frente à morte certa e natural que toda edificação teria um dia. Assim, o autor defende então a "morte" dos monumentos.
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