As notificações voluntárias e espontâneas que ocorrem na rot...

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Tema central da questão:

Esta questão aborda o conceito de diferentes tipos de vigilância em saúde, um tema essencial em epidemiologia e saúde coletiva. Compreender as características das várias formas de vigilância é crucial para profissionais que atuam na área, pois isso impacta diretamente na forma como doenças são monitoradas, controladas e prevenidas.

Resumo teórico:

Na saúde pública, a vigilância epidemiológica é um sistema de coleta, análise e interpretação contínua de dados relacionados à saúde, essencial para o planejamento, implementação e avaliação das práticas de saúde pública. Existem diferentes tipos de vigilância, cada uma com uma função específica.

Vigilância passiva refere-se à coleta de dados de saúde que são reportados voluntariamente por profissionais de saúde e instituições quando encontram casos suspeitos ou confirmados de doenças. O sistema depende das notificações espontâneas, sem busca ativa por casos.

Vigilância ativa, por outro lado, envolve a busca proativa por dados de saúde, com a realização de visitas, entrevistas ou exames para identificar casos de doenças, mesmo quando não há notificação espontânea.

Vigilância sindrômica se foca na coleta de dados com base em sintomas ou síndromes, em vez de diagnósticos confirmados, visando identificar surtos ou epidemias mais rapidamente.

Vigilância sentinela utiliza um número limitado de unidades de saúde para monitorar tendências de doenças, funcionando como um "termômetro" da situação de saúde em uma população.

Justificativa da alternativa correta (B - Vigilância passiva):

A alternativa correta é a B - Vigilância passiva porque ela se refere precisamente à coleta de dados baseada em notificações voluntárias e espontâneas que ocorrem na rotina dos serviços de saúde. Este tipo de vigilância é fundamental para a detecção de doenças e condições que são notificáveis por lei, mas que não exigem uma busca ativa por casos.

Análise das alternativas incorretas:

  • A - Vigilância ativa: Incorreta, pois envolve a busca direta e ativa por informações adicionais sobre casos de doenças, ao contrário das notificações espontâneas.
  • C - Vigilância sindrômica: Incorreta, pois esta forma de vigilância foca na detecção precoce de surtos através da monitorização de sintomas e não apenas em notificações espontâneas.
  • D - Vigilância sentinela: Incorreta, já que este tipo de vigilância utiliza unidades de saúde específicas para monitorar certas doenças, e não depende de notificações espontâneas.

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 Estratégias utilizadas para detecção de casos:

a) Vigilância passiva: Notificações voluntárias e espontâneas que ocorrem na rotina do serviço de saúde.

b) Vigilância ativa: Utilizada na rotina das atividades de investigação epidemiológica quando da busca ativa de casos secundários de doenças de notificação compulsória e outros agravos inusitados, caso primário ou índice, casos co-primários, na busca ativa de faltosos, por exemplo.Também utilizada em situações alarmantes ou em programas de erradicação e/ou controle prioritários. Ex.: HIV/aids; rubéola; dengue; erradicação da poliomielite; eliminação do sarampo.

c) Vigilância sindrômica: Vigilância de um grupo de doenças que apresentam sinais, sintomas e fisiopatologia comuns a etiologias diversas. Essa estratégia apresenta definições de casos simples e de fácil notificação, possibilita a captura de grande volume de dados e facilita a análise e redução da sobrecarga dos serviços de saúde. Ex.: síndrome diarréica aguda; síndrome ictérica aguda; síndrome febril icterohemorrágica aguda; síndrome respiratória aguda; síndrome neurológica aguda; síndrome da Insuficiência renal aguda; e outras. A vigilância sindrômica pode ser aplicada, com êxito, utilizando um sistema sensível de vigilância epidemiológica que permita intervenções rápidas, para evitar a ocorrência de surtos/epidemias.

d) Fonte sentinela: Seleção de um ou mais estabelecimentos de saúde, onde se concentram os esforços para a obtenção das informações epidemiológicas desejadas; estratégia indicada para situações que exigem preocupação especial ou, simplesmente, para complementar o sistema rotineiro de informações. A fonte sentinela pode ser constituída de profissionais de saúde, em lugar de estabelecimentos. Assim, os profissionais que lidam, de forma direta, com as doenças notificáveis são convidados a registrá-las, regularmente, e enviá-las, periodicamente, às autoridades sanitárias. Ex: HIV; doenças sexualmente transmissíveis; doenças ocupacionais.

Fonte: CBVE - Curso Básico de Vigilância Epidemiológica, Brasília 2005.

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