Assinale a alternativa que apresenta a interpretação mais a...
Leia o texto a seguir e responda à questão:
Seria ingenuidade procurar nos provérbios de qualquer povo uma filosofia coerente, uma arte de viver. É coisa sabida que a cada provérbio, por assim dizer, responde outro, de sentido oposto. A quem preconiza o sábio limite das despesas, porque “vintém poupado, vintém ganhado”, replicará o vizinho farrista, com razão igual: “Da vida nada se leva”. (...)
Mais aconselhável procurarmos nos anexins não a sabedoria de um povo, mas sim o espelho de seus costumes peculiares, os sinais de seu ambiente físico e de sua história. As diferenças na expressão de uma sentença observáveis de uma terra para outra podem divertir o curioso e, às vezes, até instruir o etnógrafo.
Povo marítimo, o português assinala semelhança grande entre pai e filho, lembrando que “filho de peixe, peixinho é”. Já os húngaros, ao formularem a mesma verdade, não pensavam nem em peixe, nem em mar; ao olhar para o seu quintal, notaram que a “maçã não cai longe da árvore”.
Trecho de Paulo Rónai, em Como aprendi o
português e outras aventuras.
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Para resolver essa questão de interpretação de texto, é crucial entender o tema central abordado no texto. Aqui, o autor discute a natureza dos provérbios e sua relação com a cultura e o ambiente de um povo, não buscando uma filosofia coerente, mas sim um reflexo dos costumes e do ambiente.
Alternativa Correta: C
A alternativa C é a correta porque capta o objetivo central do texto: destacar que os provérbios refletem o ambiente e os costumes de um povo, e não necessariamente uma filosofia coerente. O texto exemplifica isso ao citar provérbios portugueses e húngaros que expressam a mesma ideia de formas diferentes, relacionadas ao seu ambiente e cultura.
Alternativas Incorretas:
A - Esta alternativa está incorreta porque afirma que os provérbios sempre representam um modo de pensar coerente, sem oposições, o que contradiz a afirmação do texto de que para cada provérbio pode haver outro de sentido oposto.
B - Esta alternativa também está errada, pois sugere que a filosofia de um povo é encontrada nos provérbios, sem contradições. O texto, no entanto, argumenta o oposto, afirmando que os provérbios não devem ser vistos como uma filosofia coerente.
D - Esta opção incorreta repete a falácia de que os provérbios representam uma sabedoria coerente de uma nação. O autor do texto refuta essa ideia ao mencionar que os provérbios podem ter sentidos contrários.
Para interpretar textos com eficiência, lembre-se de identificar palavras-chave e perceber o tom geral do autor. Neste caso, expressões como "não a sabedoria de um povo" e "espelho de seus costumes" são fundamentais para compreender a mensagem do texto.
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"...o português assinala semelhança grande entre pai e filho, lembrando que “filho de peixe, peixinho é”. Já os húngaros, ao formularem a mesma verdade, não pensavam nem em peixe, nem em mar; ao olhar para o seu quintal, notaram que a “maçã não cai longe da árvore”."
Assertiva C
O objetivo do texto é chamar a atenção para o ambiente e costumes presentes na criação dos provérbios, citando, por exemplo, a mesma verdade expressa em provérbios diferentes, como no caso dos provérbios do povo português e húngaro. L5
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