Sobre o desenvolvimento das habilidades orais em estudantes...

A alternativa correta é a C, que afirma: "Ensinar língua oral deve significar, para a escola, o domínio dos gêneros que apoiam a aprendizagem escolar de Língua Portuguesa e de outras áreas e, também, dos gêneros da vida pública no sentido mais amplo do termo, não apenas trabalhar a capacidade de falar em geral."

Esta alternativa está correta porque a escola tem um papel importante no ensino e desenvolvimento das habilidades orais dos alunos. A oralidade é uma competência crucial tanto na vida acadêmica quanto na cidadã. Na escola, espera-se que os alunos aprendam a utilizar a língua oral em diferentes gêneros discursivos, que são tipos de textos orais com características específicas de acordo com sua função social, como relatos, debates, apresentações, entre outros. Estes gêneros são fundamentais para a participação efetiva dos indivíduos na sociedade.

O ensino da língua oral na escola abrange, então, o domínio dos gêneros discursivos que não somente apoiam o aprendizado em Língua Portuguesa, mas também em outras áreas do conhecimento, ajudando os estudantes a se expressarem de forma clara, coerente e adequada a diferentes contextos. Além disso, o ensino da oralidade se estende aos gêneros da vida pública ampla, preparando os estudantes para a participação social, como cidadãos que sabem argumentar, ouvir e se posicionar criticamente.

É importante destacar que, ao contrário do que sugere a alternativa A, o ensino da língua oral não é uma tarefa exclusiva da família. A escola tem um papel vital nesse processo. Assim como a alternativa B está equivocada ao sugerir que tratar a oralidade como um eixo autônomo elimina a possibilidade de suas relações com outros eixos, pois na verdade, ela deve ser integrada aos demais eixos do ensino de língua. E, por fim, a alternativa D está incorreta ao afirmar que desenvolver o domínio das expressões orais em situações de uso público não é função da escola, quando, na verdade, é uma de suas funções fundamentais.

Ensinar língua oral é tarefa exclusiva da família ao possibilitar o acesso a usos mais formalizados e convencionais da linguagem, tendo em vista a importância que o domínio da palavra pública tem no exercício da cidadania. À escola cabe não mais que acolher os diferentes discursos.

Conceber a oralidade como um eixo autônomo de ensino viabiliza o trabalho sistemático desse conteúdo e elimina a possibilidade de suas relações serem enxergadas junto com os outros eixos do trabalho com a língua: a leitura, a produção de textos escritos e a análise linguística.

Ensinar língua oral deve significar, para a escola, o domínio dos gêneros que apoiam a aprendizagem escolar de Língua Portuguesa e de outras áreas e, também, dos gêneros da vida pública no sentido mais amplo do termo, não apenas trabalhar a capacidade de falar em geral.

O professor deve ter clareza de que possibilitar aos alunos o contato crítico/reflexivo com os recursos discursivos e linguísticos e desenvolver o domínio das expressões oral em situações de uso público da linguagem, levando em conta a situação de produção social e material, não é função da escola.