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Q3125489 Medicina
     Um paciente de 65 anos de idade, com histórico de hipertensão e diabetes mellitus há mais de 15 anos, sem seguimento regular, foi avaliado por sintomas de fadiga e de edema leve nos membros inferiores. Exames laboratoriais: creatinina sérica 3,7 mg/dL; ureia 110 mg/dL; cálcio total 8,5 mg/dL; fósforo 5,9 mg/dL; hemoglobina 9,8 g/dL; paratormônio (PTH) 475 pg/mL; 25O H vitamina D 31 mg/Dl; e proteinúria de 1,5 g/24h.

Com base nessa situação hipotética, assinale a alternativa que apresenta o diagnóstico adequado.
Alternativas

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A alternativa correta é: B - doença renal crônica, com hiperparatireoidismo secundário à doença renal crônica

Tema central da questão:

Esta questão aborda o diagnóstico de uma condição clínica complexa, exigindo compreensão da doença renal crônica (DRC) e suas complicações, especialmente o hiperparatireoidismo secundário. O candidato precisa estar familiarizado com o impacto de condições como hipertensão e diabetes de longa data na função renal e suas manifestações laboratoriais.

Justificativa da alternativa correta:

B - doença renal crônica, com hiperparatireoidismo secundário à doença renal crônica é a alternativa correta. Os exames laboratoriais mostram elevação da creatinina e ureia, indicando disfunção renal severa. O PTH elevado e o fósforo aumentado são indicativos de hiperparatireoidismo secundário, que é comum na DRC devido ao acúmulo de fósforo e à baixa excreção renal, além da diminuição na conversão de vitamina D ativa, levando à hipocalcemia e subsequente hiperparatireoidismo.

Análise das alternativas incorretas:

A - doença renal crônica, com anemia por elevação de eritropoietina e sangramento por uremia: A anemia na DRC é geralmente devido à baixa produção de eritropoietina, não elevação. Além disso, o sangramento por uremia não é uma complicação comum o suficiente para ser o foco principal neste contexto.

C - síndrome cardiorrenal tipo I devido à anemia, levando à hipoperfusão: A síndrome cardiorrenal tipo I é caracterizada por insuficiência cardíaca aguda levando a danos renais, o que não é compatível com o quadro apresentado de disfunção renal crônica.

D - nefropatia diabética com proteinúria nefrótica: A proteinúria de 1,5 g/24h não atinge o nível típico de síndrome nefrótica (geralmente >3,5 g/24h). Além disso, o conjunto de dados laboratoriais aponta mais para DRC com complicações associadas.

E - síndrome nefrótica e hipertensão arterial secundária à hipervolemia e lesão renal: Novamente, a quantidade de proteinúria não é suficiente para classificar como síndrome nefrótica. A questão enfatiza mais a presença de doença renal crônica e suas complicações clássicas.

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⚕️QUESTÃO SOBRE DIAGNÓSTICO DE DOENÇA RENAL CRÔNICA

ALTERNATIVA CORRETA: [B] Doença renal crônica, com hiperparatireoidismo secundário à doença renal crônica.

✏️JUSTIFICATIVA.

O paciente apresenta alterações laboratoriais típicas de doença renal crônica (DRC), incluindo creatinina elevada, ureia elevada, anemia (hemoglobina 9,8 g/dL), hipocalcemia (cálcio total 8,5 mg/dL), e hiperfosfatemia (fósforo 5,9 mg/dL). O valor elevado de paratormônio (PTH) 475 pg/mL também sugere um hiperparatireoidismo secundário, que é uma complicação comum da DRC, uma vez que a função renal prejudicada resulta em diminuição da excreção de fósforo e diminuição da conversão de vitamina D em sua forma ativa, o que leva à hipocalcemia e aumento da secreção de PTH. Esse quadro é típico de hiperparatireoidismo secundário à DRC.

⚠️ANÁLISE DAS DEMAIS ALTERNATIVAS

❌ [A]: Anemia por elevação de eritropoietina não é a causa, pois, na DRC, a causa da anemia é a deficiência de eritropoietina devido à perda da função renal. Não há evidência de sangramento por uremia nesta descrição.

❌ [C]: A síndrome cardiorrenal tipo I é caracterizada por insuficiência cardíaca aguda levando a disfunção renal, e o paciente apresenta doença renal crônica com características clássicas de DRC, como os exames laboratoriais indicativos de insuficiência renal crônica. Não há indicação de insuficiência cardíaca aguda neste caso.

❌ [D]: Nefropatia diabética é uma possível causa de doença renal crônica, mas o quadro não apresenta proteinúria nefrótica (acima de 3,5 g/24h), sendo a proteinúria de 1,5 g/24h, o que não corresponde ao padrão da nefropatia diabética com proteinúria nefrótica.

❌ [E]: Síndrome nefrótica é caracterizada por proteinúria massiva (>3,5 g/24h), e o paciente apresenta proteinúria de 1,5 g/24h, que não é compatível com a síndrome nefrótica. Além disso, a hipertensão arterial está mais relacionada à doença renal crônica.

RESUMO:

O diagnóstico mais adequado é doença renal crônica (DRC) com hiperparatireoidismo secundário devido à diminuição da função renal, que leva à alteração dos parâmetros laboratoriais e aumento do PTH.

‼️PONTOS CHAVE

A doença renal crônica (DRC) é caracterizada por creatinina e ureia elevadas.

O hiperparatireoidismo secundário é comum em pacientes com DRC devido à alteração no metabolismo de cálcio e fósforo.

A síndrome nefrótica é caracterizada por proteinúria > 3,5 g/24h, o que não é o caso deste paciente.

Anemia na DRC é causada pela falta de eritropoietina, não por aumento da mesma.

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