Um paciente de 65 anos de idade, com histórico de hipe...
Com base nessa situação hipotética, assinale a alternativa que apresenta o diagnóstico adequado.
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A alternativa correta é: B - doença renal crônica, com hiperparatireoidismo secundário à doença renal crônica
Tema central da questão:
Esta questão aborda o diagnóstico de uma condição clínica complexa, exigindo compreensão da doença renal crônica (DRC) e suas complicações, especialmente o hiperparatireoidismo secundário. O candidato precisa estar familiarizado com o impacto de condições como hipertensão e diabetes de longa data na função renal e suas manifestações laboratoriais.
Justificativa da alternativa correta:
B - doença renal crônica, com hiperparatireoidismo secundário à doença renal crônica é a alternativa correta. Os exames laboratoriais mostram elevação da creatinina e ureia, indicando disfunção renal severa. O PTH elevado e o fósforo aumentado são indicativos de hiperparatireoidismo secundário, que é comum na DRC devido ao acúmulo de fósforo e à baixa excreção renal, além da diminuição na conversão de vitamina D ativa, levando à hipocalcemia e subsequente hiperparatireoidismo.
Análise das alternativas incorretas:
A - doença renal crônica, com anemia por elevação de eritropoietina e sangramento por uremia: A anemia na DRC é geralmente devido à baixa produção de eritropoietina, não elevação. Além disso, o sangramento por uremia não é uma complicação comum o suficiente para ser o foco principal neste contexto.
C - síndrome cardiorrenal tipo I devido à anemia, levando à hipoperfusão: A síndrome cardiorrenal tipo I é caracterizada por insuficiência cardíaca aguda levando a danos renais, o que não é compatível com o quadro apresentado de disfunção renal crônica.
D - nefropatia diabética com proteinúria nefrótica: A proteinúria de 1,5 g/24h não atinge o nível típico de síndrome nefrótica (geralmente >3,5 g/24h). Além disso, o conjunto de dados laboratoriais aponta mais para DRC com complicações associadas.
E - síndrome nefrótica e hipertensão arterial secundária à hipervolemia e lesão renal: Novamente, a quantidade de proteinúria não é suficiente para classificar como síndrome nefrótica. A questão enfatiza mais a presença de doença renal crônica e suas complicações clássicas.
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⚕️QUESTÃO SOBRE DIAGNÓSTICO DE DOENÇA RENAL CRÔNICA
✅ALTERNATIVA CORRETA: [B] Doença renal crônica, com hiperparatireoidismo secundário à doença renal crônica.
✏️JUSTIFICATIVA.
O paciente apresenta alterações laboratoriais típicas de doença renal crônica (DRC), incluindo creatinina elevada, ureia elevada, anemia (hemoglobina 9,8 g/dL), hipocalcemia (cálcio total 8,5 mg/dL), e hiperfosfatemia (fósforo 5,9 mg/dL). O valor elevado de paratormônio (PTH) 475 pg/mL também sugere um hiperparatireoidismo secundário, que é uma complicação comum da DRC, uma vez que a função renal prejudicada resulta em diminuição da excreção de fósforo e diminuição da conversão de vitamina D em sua forma ativa, o que leva à hipocalcemia e aumento da secreção de PTH. Esse quadro é típico de hiperparatireoidismo secundário à DRC.
⚠️ANÁLISE DAS DEMAIS ALTERNATIVAS
❌ [A]: Anemia por elevação de eritropoietina não é a causa, pois, na DRC, a causa da anemia é a deficiência de eritropoietina devido à perda da função renal. Não há evidência de sangramento por uremia nesta descrição.
❌ [C]: A síndrome cardiorrenal tipo I é caracterizada por insuficiência cardíaca aguda levando a disfunção renal, e o paciente apresenta doença renal crônica com características clássicas de DRC, como os exames laboratoriais indicativos de insuficiência renal crônica. Não há indicação de insuficiência cardíaca aguda neste caso.
❌ [D]: Nefropatia diabética é uma possível causa de doença renal crônica, mas o quadro não apresenta proteinúria nefrótica (acima de 3,5 g/24h), sendo a proteinúria de 1,5 g/24h, o que não corresponde ao padrão da nefropatia diabética com proteinúria nefrótica.
❌ [E]: Síndrome nefrótica é caracterizada por proteinúria massiva (>3,5 g/24h), e o paciente apresenta proteinúria de 1,5 g/24h, que não é compatível com a síndrome nefrótica. Além disso, a hipertensão arterial está mais relacionada à doença renal crônica.
⏳RESUMO:
O diagnóstico mais adequado é doença renal crônica (DRC) com hiperparatireoidismo secundário devido à diminuição da função renal, que leva à alteração dos parâmetros laboratoriais e aumento do PTH.
‼️PONTOS CHAVE
◊ A doença renal crônica (DRC) é caracterizada por creatinina e ureia elevadas.
◊ O hiperparatireoidismo secundário é comum em pacientes com DRC devido à alteração no metabolismo de cálcio e fósforo.
◊ A síndrome nefrótica é caracterizada por proteinúria > 3,5 g/24h, o que não é o caso deste paciente.
◊ Anemia na DRC é causada pela falta de eritropoietina, não por aumento da mesma.
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