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Q1242812 Português
Desafios no caminho de uma escola para todos

    Escolhi o termo desafio como parte do título porque seu significado etimológico indica bem o que quero comentar. Ele vem do latim disfidare ou renunciar à própria fé (dis = afastamento e fides = fé). Na prática, significa aceitar concorrer novamente, mesmo imaginando-se vencedor. Isso acontece, por exemplo, quando se promulgam leis, aceitando-se os obstáculos de sua aplicação. Penso ser esse o caso ao assumirmos que a escola é para todos, quando historicamente ela se destinava à elite de alunos que aprendia e se comportava conforme suas exigências, isto é, quando era para poucos. As políticas públicas, mesmo se pretensamente resolveram o acesso à Educação, não sanaram duas questões primordiais: a aprendizagem e a convivência. Faço uma reflexão sobre alguns desafios para que a escola de hoje cumpra esses propósitos.
    Um dos maiores parece ser o de adaptar o currículo do Ensino Fundamental para período integral. Essa mudança supõe rever a quantidade de conteúdos a aprender, criar contraturnos, usar tutorias, diminuir a relação entre o número de alunos e o professor, investir nas séries iniciais, melhorar as condições de trabalho docente. Essas são apenas algumas estratégias entre tantas experimentadas no enfrentamento de um grande problema: a defasagem idade-série.
    Ao abrir-se para os “mais fracos”, quando antes era privilégio dos “mais fortes”, a escola deve compartilhar com a família a complexidade da Educação das crianças e dos jovens. Compartilhar significa cooperar fazendo a parte que lhe cabe, sabendo que as outras partes sempre serão da família e de outros agentes sociais ou culturais.
    Em uma sociedade orientada por descobertas científicas, reconhecer a importância da tecnologia se torna uma necessidade básica. Mas para não virar refém, as questões o quê, quanto, quando, como e por quê?, relacionadas ao uso de tablet, celular ou computador na sala de aula, são essenciais. Sem negar aos estudantes o uso de seu produto mais complexo e querido, não se pode esquecer que eles precisam do contato direto com a experiência por meio de um professor, suas transmissões, as tarefas propostas por ele e seus modos de ser e de agir.
    Observo que os jovens precisam também ser preparados para uma sociedade global, mas, igualmente, para uma vida cada vez mais individual, isto é, gerida por escolhas, valores e responsabilidades assumidas por cada um, ainda que seus efeitos possam alcançar a todos e ao planeta. Penso que a escola ainda não aprendeu a ensinar seus alunos a serem-si-mesmos!
    Que ela revise seus hábitos – deixe de ser lugar de homogeneidade e competição, transformando-se em uma escola da diversidade e da cooperação. Que reconheça que as diferenças permitem a abertura para uma pluralidade de valores, costumes, formas de aprendizagem e desenvolvimento. Antes, Educação correspondia ao que o educador transmitia aos educandos (educação = educador). Hoje, trata-se de aprender, o que se aplica tanto a alunos quanto a professores.
    É difícil mudar o olhar, comprometendo-se a trabalhar o melhor de cada aluno, professor e gestor dentro de suas possibilidades e necessidades. Para isso, temos de assumir que todos estão na escola – só falta aprenderem; e todos estão juntos – só falta saberem conviver.
(Lino de Macedo. Revista Nova Escola. Fevereiro de 2016. 
Com adaptações.)
Há ERRO de concordância em:
Alternativas

Gabarito comentado

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A alternativa D é a correta, pois apresenta um erro de concordância. A palavra "menas" não é uma forma correta da língua portuguesa. O correto seria usar "menos", que é invariável.

Vamos analisar cada alternativa para entender por que a alternativa D é a única que contém erro:

A - Havia vários professores esperando.
Esta frase está correta. O verbo "haver" no sentido de existir é impessoal e permanece no singular, independentemente do sujeito na oração.

B - Os estudantes foram impedidos de entender a verdade.
Não há erro de concordância nesta alternativa. O sujeito "os estudantes" está corretamente associado ao verbo "foram impedidos" no plural.

C - Os alunos estão cada vez mais autônomos e conectados.
Esta alternativa está correta. "Os alunos" é o sujeito plural, e os adjetivos "autônomos" e "conectados" estão corretamente no plural para concordar com ele.

D - Hoje em dia, os professores trabalham com menas alegria.
Aqui encontramos o erro de concordância. A palavra "menas" não existe na língua portuguesa normativa. O correto seria "menos", que é invariável, ou seja, não muda de forma.

Compreender as regras de concordância nominal e verbal é essencial para resolver questões de concursos públicos. Preste atenção nas palavras invariáveis e no uso correto dos verbos impessoais.

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Comentários

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Não existe menas.

Gabarito D

ta errado, é menes kkkkk

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