De acordo com o Caderno de Atenção Básica: Estratégias para ...
De acordo com o Caderno de Atenção Básica: Estratégias para o Cuidado da Pessoa com Doença Crônica: Hipertensão Arterial Sistémica (2013), assinale a opção INCORRETA sobre a crise hipertensiva classificada como urgência hipertensiva.
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Querido aluno, vamos analisar a questão sobre a crise hipertensiva classificada como urgência hipertensiva.
Alternativa Correta: B
A opção B está incorreta. A urgência hipertensiva não deve ser tratada com medicamentos por via intravenosa buscando sua redução em até 48 horas. Na verdade, a urgência hipertensiva é tratada com medicamentos orais, e a redução gradual da pressão arterial é feita de forma mais lenta, geralmente ao longo de 24 a 48 horas, para evitar a hipoperfusão de órgãos-alvo.
Vamos agora analisar as alternativas para entender melhor por que a alternativa B é a correta ao buscar a opção INCORRETA:
A - Esta alternativa está correta. A urgência hipertensiva é caracterizada por uma elevação crítica da pressão arterial, frequentemente com pressão arterial diastólica maior ou igual a 120 mmHg, mas sem comprometimento agudo dos órgãos-alvo.
C - Esta alternativa está correta. A administração sublingual do comprimido de captopril não é recomendada para urgência hipertensiva devido às suas características farmacocinéticas, que não permitem a absorção de doses ideais por essa via.
D - Esta alternativa está correta. Pacientes com urgência hipertensiva estão, de fato, expostos a um maior risco de eventos cardiovasculares futuros quando comparados a hipertensos que não apresentam essa condição.
E - Esta alternativa está correta. A administração sublingual de nifedipino de ação rápida, apesar de amplamente utilizada, foi desaconselhada por conta de efeitos adversos graves relatados com essa conduta.
Assim, compreendemos que a alternativa B é a INCORRETA, pois não condiz com as diretrizes sobre o tratamento de urgência hipertensiva, que recomenda medicamentos orais e uma redução gradual da pressão arterial.
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letra B- deve ser tratada com medicamentos por via oral para redução da PA em 24 a 48 horas com acompanhamento ambulatorial precoce
Opção incorreta, letra B.
A elevação crítica da pressão arterial, em geral pressão arterial diastólica ≥ 120mmHg, porém com estabilidade clínica, sem comprometimento de órgãos-alvo, caracteriza o que se convencionou definir como urgência hipertensiva (UH).
Pacientes que cursam com UH estão expostos a maior risco futuro de eventos cardiovasculares comparados com hipertensos que não a apresentam, fato que evidencia o seu impacto no risco cardiovascular de indivíduos hipertensos e enfatiza a necessidade de controle adequado da pressão arterial cronicamente. A pressão arterial, nesses casos, deverá ser tratada com medicamentos por via oral, buscando-se sua redução em até 24 horas [Grau de Recomendação D] (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO; SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2010).
Embora a administração sublingual de nifedipino de ação rápida seja amplamente utilizada para esse fim, foram descritos efeitos adversos graves com essa conduta. A dificuldade de controlar o ritmo e o grau de redução da pressão arterial, sobretudo quando intensa, pode ocasionar acidentes vasculares encefálicos e coronarianos. O risco de importante estimulação simpática secundária e a existência de alternativas eficazes e mais bem toleradas tornam o uso de nifedipino de curta duração (cápsulas) não recomendável nessa situação. O captopril 25 mg via oral é indicado nesta situação (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO; SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2010).
A prática da administração sublingual do comprimido de captopril não é recomendada, pois suas características farmacocinéticas não permitem a absorção de doses ideais por essa via, devendo, portanto, ser deglutido (BRASIL, 2011).
Urgencia hipertensiva PAS maior ou igual a 180 e/ou PAD maior ou igual a 120, sem lesão de orgao alvo
Resposta INCORRETA: B) A pressão arterial deverá ser tratada com medicamentos por via intravenosa, buscando-se sua redução em até 48 horas.
Justificativa: A afirmação correta seria que, em casos de urgência hipertensiva, a pressão arterial deve ser tratada com medicamentos orais de ação rápida, visando uma redução gradual da pressão arterial ao longo de 24 a 48 horas. A administração intravenosa é reservada para situações de emergência hipertensiva, onde há comprometimento de órgãos-alvo, e requer uma redução mais imediata da pressão arterial.
Análise das alternativas:
- A) É uma elevação crítica da pressão arterial, em geral, pressão arterial diastólica maior ou igual a 120mmHg, porém com estabilidade clínica, sem comprometimento de órgãos-alvo: Correta. Esta definição descreve adequadamente uma urgência hipertensiva.
- B) A pressão arterial deverá ser tratada com medicamentos por via intravenosa, buscando-se sua redução em até 48 horas: Incorreta. Em urgências hipertensivas, o tratamento costuma ser feito com medicamentos orais e a redução gradual da pressão arterial.
- C) A administração sublingual do comprimido de captopril não é recomendada, pois suas características farmacocinéticas não permitem a absorção de doses ideais por essa via: Correta. A absorção sublingual do captopril não é eficaz para esse uso.
- D) Pacientes que apresentam diagnóstico de urgência hipertensiva estão expostos a maior risco futuro de eventos cardiovasculares quando comparados a hipertensos que não a apresentam: Correta. Pacientes com urgência hipertensiva têm maior risco de eventos cardiovasculares futuros.
- E) Embora a administração sublingual de nifedipino de ação rápida seja amplamente utilizada para esse fim, foram descritos efeitos adversos graves com essa conduta: Correta. O uso de nifedipino sublingual pode causar efeitos adversos graves e não é recomendado.
Resumo: Em casos de urgência hipertensiva, a pressão arterial deve ser reduzida gradualmente com medicamentos orais. Medicamentos intravenosos são reservados para emergências hipertensivas com comprometimento de órgãos-alvo. Reconhecer a diferença entre urgência e emergência hipertensiva é crucial para o tratamento adequado.
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