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Q3194773 Psicologia
Durante um atendimento psicológico, a psicóloga acompanhou uma mulher cisgênero que relatou sofrer violência psicológica em seu relacionamento conjugal. Essa psicóloga percebeu que a cliente demonstrava grande dificuldade em romper o vínculo abusivo devido à dependência financeira. Além disso, expressou receio de ser julgada e patologizada por sua situação. De acordo com a Resolução CFP nº 8/2020, a psicóloga, nesse caso, deverá:
Alternativas

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Alternativa correta: B - Promover um ambiente acolhedor, buscando fortalecer a autonomia da cliente e evitar qualquer forma de estigmatização ou revitimização.

Tema central da questão: A questão aborda a atuação ética da psicóloga diante de um caso de violência psicológica contra uma cliente. A Resolução CFP nº 8/2020 estabelece diretrizes para o exercício profissional em situações de violência, destacando a importância de um ambiente acolhedor e a promoção da autonomia do cliente.

Resumo teórico: O Conselho Federal de Psicologia (CFP) estabelece normas para assegurar que a prática psicológica seja norteada por princípios éticos, como o respeito à dignidade e à autonomia dos sujeitos. No contexto de violência, é crucial que a psicóloga evite a revitimização e ofereça apoio de maneira não coercitiva, respeitando as escolhas da cliente. Segundo a Resolução CFP nº 8/2020, deve-se garantir um atendimento que evite julgamento e patologização.

Justificativa para a alternativa correta: A alternativa B está alinhada com os princípios da Resolução CFP nº 8/2020, que enfatizam a criação de um espaço seguro e acolhedor para a cliente, fortalecendo sua autonomia. Isso é fundamental para apoiar a cliente a lidar com a situação de violência de maneira saudável, sem pressões externas que possam aumentar seu sofrimento.

Análise das alternativas incorretas:

Alternativa A: "Informar diretamente a rede de proteção local sobre a situação da cliente, sem consultá-la, para acelerar a intervenção."
Esta alternativa está incorreta porque viola o princípio da autonomia e o direito à confidencialidade. A psicóloga deve respeitar a vontade da cliente, a menos que a cliente esteja em risco iminente de morte ou outros danos graves, conforme previsto em diretrizes éticas.

Alternativa C: "Conduzir a cliente a reconhecer sua dependência emocional e financeira como uma patologia que precisa ser tratada com intervenção médica."
Esta alternativa implica em patologizar a situação da cliente, o que não é adequado. A dependência emocional e financeira não deve ser vista automaticamente como uma patologia. O foco deve ser na promoção da autonomia e no acolhimento, não em rotular a situação como um transtorno médico.

Alternativa D: "Priorizar intervenções técnicas que incentivem a cliente a denunciar a violência imediatamente, independentemente de seus receios ou contexto social."
Esta alternativa está equivocada porque desconsidera o contexto e os receios da cliente. Forçar uma denúncia pode ser revitimizador e não respeita a autonomia e o ritmo da cliente. A intervenção deve ser sensível às necessidades e ao momento da cliente.

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