Para Kishimoto em “Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação...
I-Não lateralidade.
II-Efeito positivo.
III-Não flexibilidade.
IV-Prioridade do processo de disciplinar.
V-Livre escolha.
VI-Controle interno.
- Gabarito Comentado (1)
- Aulas (2)
- Comentários (2)
- Estatísticas
- Cadernos
- Criar anotações
- Notificar Erro
Gabarito comentado
Confira o gabarito comentado por um dos nossos professores
A alternativa correta é a C, que afirma que apenas as afirmativas I, II, V e VI estão corretas. Vamos entender o porquê disso, analisando o que a teórica Tizuko Morchida Kishimoto aponta em sua obra “Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação” sobre os critérios para identificar os traços do jogo infantil.
Kishimoto identifica aspectos essenciais que caracterizam o jogo infantil, que são:
- Efeito positivo - O jogo geralmente é acompanhado de prazer, alegria e satisfação. Portanto, a afirmativa II está correta pois o jogo deve ter um impacto emocional positivo nas crianças.
- Livre escolha - O jogo é uma atividade que deve ser escolhida livremente pela criança. Não é jogo se for uma atividade imposta. A afirmativa V está correta pois ressalta a importância da autonomia da criança na escolha da brincadeira.
- Controle interno - Embora possa haver regras, o jogo é regulado por decisões dos participantes e não por normas externas. A afirmativa VI é correta pois aponta para a autonomia e a capacidade das crianças de regularem seu próprio comportamento durante o jogo.
As afirmativas I (Não lateralidade) e III (Não flexibilidade) não estão de acordo com os princípios do jogo infantil:
- A lateralidade refere-se à tendência de usar mais um lado do corpo ou um dos hemisférios cerebrais. Não é um critério relevante para definir o jogo infantil, portanto, a afirmativa I não é correta.
- O jogo é caracterizado por sua flexibilidade, adaptabilidade e criatividade, não por sua rigidez. Assim, a afirmativa III também não é correta.
A afirmativa IV, que menciona a "Prioridade do processo de disciplinar", também não condiz com as características do jogo. O jogo valoriza o processo em si, o ato de brincar e explorar, mais do que qualquer objetivo específico de disciplina. Logo, a afirmativa IV também não está correta.
Em resumo, a alternativa C é a correta pois reconhece que os traços do jogo infantil implicam prazer, escolha livre, e controle interno, elementos que são essenciais para a compreensão deste aspecto da infância e da educação infantil.
Clique para visualizar este gabarito
Visualize o gabarito desta questão clicando no botão abaixo
Comentários
Veja os comentários dos nossos alunos
I-Não lateralidade. (O URSO SERVE DE FILHO - OBJETO É UTILIZADO CONFORME A 'VONTADE' DA CRIANÇA)
II-Efeito positivo. (PROPORCIONAR PRAZER, DIVERTIMENTO)
III-Não flexibilidade. (FLEXIBILIDADE EM EXPLORAR - BUSCAR NOVAS ALTERNATIVAS)
IV-Prioridade do processo de disciplinar. (PRIORIDADE NO PROCESSO DE BRINCAR - FOCA-SE NO PROCESSO DA BRINCADEIRA COMO É EXECUTADA E NÃO EM COMO SE RESULTARÁ OU QUAL SERÁ A CONCLUSÃO)
V-Livre escolha. (DO BRINCAR, DA BRINCADEIRA, DO BRINQUEDO)
VI-Controle interno. (OS JOGADORES DETERMINAM O DESENVOLVIMENTO DOS ACONTECIMENTOS)
RESPOSTA LETRA C
C Apenas as afirmativas I, II, V e VI estão corretas.
Mais recentemente, Christie (1991b, p. 4) rediscute as características do jogo infantil,
apontando pesquisas atuais que o distinguem de outros tipos de comportamentos. Utilizando
estudos de Garvey (1977), King (1979), Rubin e outros (1983), Smith e Vollstedt (1985), a
autora elabora os critérios para identificar seus traços:
1. a não literalidade: as situações de brincadeira caracterizam-se por um quadro no qual a
realidade interna predomina sobre a externa. O sentido habitual é substituído por um novo.
São exemplos de situações em que o sentido não é literal o ursinho de pelúcia servir como
filhinho e a criança imitar o irmão que chora;
2. efeito positivo: o jogo infantil é normalmente caracterizado pelos signos do prazer ou da
alegria, entre os quais o sorriso. Quando brinca livremente e se satisfaz, a criança o
demonstra por meio do sorriso. Esse processo traz inúmeros efeitos positivos aos aspectos
corporal, moral e social da criança;
3. flexibilidade: as crianças estão mais dispostas a ensaiar novas combinações de ideias e
de comportamentos em situações de brincadeira que em outras atividades não recreativas.
Estudos como os de Bruner (1976) demonstram a importância da brincadeira para a
exploração. A ausência de pressão do ambiente cria um clima propício para investigações
necessárias à solução de problemas. Assim, brincar leva a criança a tornar-se mais flexível e
buscar alternativas de ação;
4. prioridade do processo de brincar: enquanto a criança brinca, sua atenção está
concentrada na atividade em si e não em seus resultados ou efeitos. O jogo infantil só pode
receber esta designação quando o objetivo da criança é brincar. O jogo educativo, utilizado em
sala de aula, muitas vezes, desvirtua esse conceito ao dar prioridade ao produto, à
aprendizagem de noções e habilidades;
5. livre escolha: o jogo infantil só pode ser jogo quando escolhido livre e espontaneamente
pela criança. Caso contrário, é trabalho ou ensino;
6. controle interno: no jogo infantil, são os próprios jogadores que determinam o
desenvolvimento dos acontecimentos. Quando o professor utiliza um jogo educativo em sala
de aula, de modo coercitivo, não oportuniza aos alunos liberdade e controle interno.
Predomina, neste caso, o ensino, a direção do professor.
Clique para visualizar este comentário
Visualize os comentários desta questão clicando no botão abaixo