Para Kishimoto em “Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação...

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Ano: 2014 Banca: DIRECTA Órgão: Prefeitura de Piedade - SP
Q1231522 Pedagogia
Para Kishimoto em “Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação”, os critérios para identificar os traços do jogo infantil, são 
I-Não lateralidade. 
II-Efeito positivo. 
III-Não flexibilidade. 
IV-Prioridade do processo de disciplinar. 
V-Livre escolha. 
VI-Controle interno.
Alternativas

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A alternativa correta é a C, que afirma que apenas as afirmativas I, II, V e VI estão corretas. Vamos entender o porquê disso, analisando o que a teórica Tizuko Morchida Kishimoto aponta em sua obra “Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação” sobre os critérios para identificar os traços do jogo infantil.

Kishimoto identifica aspectos essenciais que caracterizam o jogo infantil, que são:

  • Efeito positivo - O jogo geralmente é acompanhado de prazer, alegria e satisfação. Portanto, a afirmativa II está correta pois o jogo deve ter um impacto emocional positivo nas crianças.
  • Livre escolha - O jogo é uma atividade que deve ser escolhida livremente pela criança. Não é jogo se for uma atividade imposta. A afirmativa V está correta pois ressalta a importância da autonomia da criança na escolha da brincadeira.
  • Controle interno - Embora possa haver regras, o jogo é regulado por decisões dos participantes e não por normas externas. A afirmativa VI é correta pois aponta para a autonomia e a capacidade das crianças de regularem seu próprio comportamento durante o jogo.

As afirmativas I (Não lateralidade) e III (Não flexibilidade) não estão de acordo com os princípios do jogo infantil:

  • A lateralidade refere-se à tendência de usar mais um lado do corpo ou um dos hemisférios cerebrais. Não é um critério relevante para definir o jogo infantil, portanto, a afirmativa I não é correta.
  • O jogo é caracterizado por sua flexibilidade, adaptabilidade e criatividade, não por sua rigidez. Assim, a afirmativa III também não é correta.

A afirmativa IV, que menciona a "Prioridade do processo de disciplinar", também não condiz com as características do jogo. O jogo valoriza o processo em si, o ato de brincar e explorar, mais do que qualquer objetivo específico de disciplina. Logo, a afirmativa IV também não está correta.

Em resumo, a alternativa C é a correta pois reconhece que os traços do jogo infantil implicam prazer, escolha livre, e controle interno, elementos que são essenciais para a compreensão deste aspecto da infância e da educação infantil.

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I-Não lateralidade. (O URSO SERVE DE FILHO - OBJETO É UTILIZADO CONFORME A 'VONTADE' DA CRIANÇA)

II-Efeito positivo. (PROPORCIONAR PRAZER, DIVERTIMENTO)

III-Não flexibilidade. (FLEXIBILIDADE EM EXPLORAR - BUSCAR NOVAS ALTERNATIVAS)

IV-Prioridade do processo de disciplinar. (PRIORIDADE NO PROCESSO DE BRINCAR - FOCA-SE NO PROCESSO DA BRINCADEIRA COMO É EXECUTADA E NÃO EM COMO SE RESULTARÁ OU QUAL SERÁ A CONCLUSÃO)

V-Livre escolha. (DO BRINCAR, DA BRINCADEIRA, DO BRINQUEDO)

VI-Controle interno. (OS JOGADORES DETERMINAM O DESENVOLVIMENTO DOS ACONTECIMENTOS)

RESPOSTA LETRA C

C Apenas as afirmativas I, II, V e VI estão corretas.

Mais recentemente, Christie (1991b, p. 4) rediscute as características do jogo infantil,

apontando pesquisas atuais que o distinguem de outros tipos de comportamentos. Utilizando

estudos de Garvey (1977), King (1979), Rubin e outros (1983), Smith e Vollstedt (1985), a

autora elabora os critérios para identificar seus traços:

1. a não literalidade: as situações de brincadeira caracterizam-se por um quadro no qual a

realidade interna predomina sobre a externa. O sentido habitual é substituído por um novo.

São exemplos de situações em que o sentido não é literal o ursinho de pelúcia servir como

filhinho e a criança imitar o irmão que chora;

2. efeito positivo: o jogo infantil é normalmente caracterizado pelos signos do prazer ou da

alegria, entre os quais o sorriso. Quando brinca livremente e se satisfaz, a criança o

demonstra por meio do sorriso. Esse processo traz inúmeros efeitos positivos aos aspectos

corporal, moral e social da criança;

3. flexibilidade: as crianças estão mais dispostas a ensaiar novas combinações de ideias e

de comportamentos em situações de brincadeira que em outras atividades não recreativas.

Estudos como os de Bruner (1976) demonstram a importância da brincadeira para a

exploração. A ausência de pressão do ambiente cria um clima propício para investigações

necessárias à solução de problemas. Assim, brincar leva a criança a tornar-se mais flexível e

buscar alternativas de ação;

4. prioridade do processo de brincar: enquanto a criança brinca, sua atenção está

concentrada na atividade em si e não em seus resultados ou efeitos. O jogo infantil só pode

receber esta designação quando o objetivo da criança é brincar. O jogo educativo, utilizado em

sala de aula, muitas vezes, desvirtua esse conceito ao dar prioridade ao produto, à

aprendizagem de noções e habilidades;

5. livre escolha: o jogo infantil só pode ser jogo quando escolhido livre e espontaneamente

pela criança. Caso contrário, é trabalho ou ensino;

6. controle interno: no jogo infantil, são os próprios jogadores que determinam o

desenvolvimento dos acontecimentos. Quando o professor utiliza um jogo educativo em sala

de aula, de modo coercitivo, não oportuniza aos alunos liberdade e controle interno.

Predomina, neste caso, o ensino, a direção do professor.

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