Assim como os indicadores de resultados, a avaliação de um ...

A alternativa correta é a Alternativa A.

Vamos entender o porquê:

Alternativa A - As avaliações do projeto devem ser contínuas, ou seja, realizadas ao longo do desenvolvimento do trabalho.

Essa alternativa está correta porque a avaliação contínua é fundamental para o sucesso de um projeto social. Durante o desenvolvimento do projeto, é essencial monitorar e avaliar continuamente para ajustar as estratégias e garantir que os objetivos estão sendo alcançados. Esse processo permite identificar problemas e sucessos em tempo real, possibilitando intervenções imediatas. Luis Stephanou, assim como diversos especialistas em avaliação de projetos sociais, enfatiza a importância de um processo de avaliação que acompanhe o progresso do projeto para assegurar sua eficácia e eficiência.

Alternativa B - A avaliação é um processo muito importante em um projeto social, por isso deve ser realizado separadamente da realização do trabalho.

Essa alternativa está incorreta porque sugere que a avaliação deve ser um processo isolado. No entanto, a avaliação deve ser integrada ao desenvolvimento do projeto. Avaliar separadamente do trabalho impede a coleta de dados em tempo real e a implementação de melhorias contínuas.

Alternativa C - A avaliação sempre deve ser inserida no cronograma do projeto como a última fase a ser realizada, após o término do projeto.

Essa alternativa também está incorreta. Embora seja importante realizar uma avaliação final para verificar o alcance dos objetivos e resultados, depender exclusivamente de uma avaliação ao final do projeto não permite a correção de problemas ou ajustes necessários durante a execução. A avaliação contínua é essencial.

Alternativa D - A avaliação deve seguir a padronização proposta pelo Governo, fazendo com que seu resultado o qualifique como oficial.

Esta alternativa está incorreta porque, embora existam diretrizes governamentais e padrões que podem ser úteis, a avaliação de projetos sociais deve ser adaptável às especificidades de cada projeto. Seguir rigidamente uma padronização pode não levar em consideração as particularidades e necessidades do projeto em questão, reduzindo a eficácia da avaliação.

Em resumo, a avaliação contínua e integrada ao desenvolvimento do projeto social, conforme destacado na Alternativa A, é fundamental para garantir que o projeto alcance seus objetivos e tenha um impacto positivo e duradouro.

Avaliação é o momento-chave para a produção de feedback sobre as fases antecedentes.” Ou seja, é na etapa de avaliação que são analisados o “andamento” e os resultados das políticas públicas. O que se busca é verificar se as ações e os resultados atingidos estão de acordo com tudo que foi planejado anteriormente. Ou seja, busca-se verificar o “nível de redução do problema público” (isto é, busca-se verificar se o status quo foi alterado de forma a reduzir ou eliminar o “problema público”). Busca-se avaliar os “benefícios” gerados pela política pública. Portanto, pode-se dizer que a etapa de avaliação está relacionada ao desempenho da política pública. Um dos principais objetivos da avaliação das políticas públicas é fornecer as informações necessárias à tomada de decisões, para que os gestores possam tomar as melhores decisões e, consequentemente, a qualidade das políticas públicas seja aprimorada. Cunha explica ainda que, “além do caráter de mensuração objetiva de resultados, a avaliação possui também aspectos qualitativos, constituindo-se em um julgamento sobre o valor das intervenções governamentais por parte dos avaliadores internos ou externos, bem como por parte dos usuários ou beneficiários. A decisão de aplicar recursos públicos em uma ação pressupõe a atribuição de valor e legitimidade aos seus objetivos, e a avaliação deve verificar o cumprimento das metas estabelecidas.”81 Por oportuno, gostaria de destacar um texto do CEBRASPE sobre a avaliação de políticas públicas: “Pesquisadores têm defendido que o objetivo último da avaliação seja a melhoria das condições sociais (social betterment). Nessa perspectiva, avaliação consiste em uma série de atividades desenvolvidas para ajudar a corrigir, apoiar e entender a forma como as pessoas percebem as políticas e os programas implementados para atender necessidades humanas. O objetivo final da avaliação é, então, a melhoria social, para a qual a avaliação pode contribuir ao prestar assistência a instituições democráticas na seleção, na supervisão, no aprimoramento e na percepção (produção) do sentido dos programas e das políticas sociais. Na ausência de um compromisso com a melhoria das condições sociais e com a melhoria do padrão de vida da população, a avaliação de um programa passa a ser um mero exercício de aplicação de modelos quantitativos e qualitativos a uma realidade específica.” 82 Portanto, pode-se dizer que “a avaliação de uma política pública é um importante instrumento de controle social, na medida em que contribui para que essa política produza os resultados almejados pela sociedade.” 83 Por fim, cabe destacar que, de acordo com o § 16 do art. 37 da Constituição Federal (incluído pela Emenda Constitucional n° 109, de 15 de março de 2021) os órgãos e entidades da administração pública, individual ou conjuntamente, devem realizar avaliação das políticas públicas, inclusive com divulgação do objeto a ser avaliado e dos resultados alcançados, na forma da lei.

A característica da avaliação de um projeto social conforme descrito por Luis Stephanou pode variar, mas uma opção que é comumente considerada como uma característica importante é:

• Foco nos impactos sociais: A avaliação de um projeto social geralmente se concentra em medir e compreender os impactos reais que o projeto teve na comunidade ou população-alvo. Isso pode incluir mudanças tangíveis, como melhoria nas condições de vida, acesso a serviços essenciais, aumento da empregabilidade, entre outros, além de mudanças mais sutis, como empoderamento, aumento da autoestima e fortalecimento das relações sociais.