Vários autores explanam sobre cultura e identidade surda. In...

A alternativa correta é a Alternativa C.

Tema da Questão: A questão trata sobre as diferentes identidades que podem ser assumidas por pessoas surdas dentro da sociedade, conforme exposto por uma autora renomada na área de cultura e identidade surda. Para resolver a questão, é essencial ter conhecimento sobre as definições e características dessas diversas identidades surdas.

Justificativa da Alternativa Correta:

Alternativa C: Identidade surda é descrita como uma identidade em que a pessoa surda se reconhece no mundo visual e vive sua experiência cultural através da Língua de Sinais. Essa identidade enfatiza a capacidade dos surdos como sujeitos culturais e ocorre dentro dos espaços culturais surdos. Essa definição é a que mais se alinha com a literatura sobre identidades surdas.

Análise das Alternativas Incorretas:

Alternativa A: Identidade inconformada: É apresentada como relacionada a surdos que nasceram ouvintes e se ensurdeceram, mas não é uma identidade geralmente reconhecida na literatura como o foco da questão, que são as identidades dentro da cultura surda.

Alternativa B: Identidade de transição: Descreve uma percepção de subalternidade frente à identidade ouvinte. Essa descrição não é a correta, pois não reflete uma identidade plenamente formada ou reconhecida dentro do contexto cultural surdo.

Alternativa D: Identidade híbrida: Foca na emulação da representação ouvinte. Essa não é uma identidade que se encaixa nas categorias tradicionais propostas para o entendimento da identidade surda autêntica.

Alternativa E: Identidade flutuante: Refere-se à experiência de surdos que têm contato tardio com a comunidade surda e vivenciam um conflito cultural. Embora possa existir, não é um dos cinco tipos de identidade mais comumente discutidos.

No contexto da questão, apenas a Alternativa C representa corretamente uma das identidades discutidas pela autora em destaque.

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A identidade de transição ocorre quando o surdo deixa de lado hábitos ouvintes e adota uma maneira mais visual de se relacionar com o meio externo, usando a língua de sinais, por exemplo. Assim, no momento em que passa a ter mais contato com a comunidade surda usuária de Libras, o indivíduo cria um senso maior de representatividade, reconhecendo-se como um sujeito em transição.

HÍBRIDA É incluídos os surdos que nasceram ouvintes, mas que por algum motivo perderam a audição ao longo da vida. Assim, as pessoas de identidade híbrida poderão utilizar mais de um meio para se comunicar. Por exemplo, podem usar Libras e também oralizar, pois entendem a estrutura da comunicação falada.

Na identidade flutuante, o surdo se espelha na representação dominante, vivendo e se manifestando de forma similar ao mundo dos ouvintes. Pode-se dizer que a pessoa é “colonizada”, aceitando a hegemonia imposta pela maneira de se comunicar dos outros indivíduos, mas flutua entre as duas formas de perceber e se relacionar com o mundo.

INCOMPLETA O surdo opta por se socializar apenas no ambiente dos ouvintes, mas não se sente ouvinte.

As pessoas classificadas nessa categoria têm a habilidade de articular as palavras e fazer leitura labial, contando geralmente com o auxílio de um aparelho auditivo, que se falhar ou for desligado, as levará inevitavelmente ao mundo do silêncio. É comum que esses indivíduos neguem-se a utilizar Libras, por exemplo, usando outras estratégias para se virar no mundo dos ouvintes.

INCONFORMADA a pessoa surda não consegue captar a representação da identidade ouvinte e hegemônica, sentindo-se dentro de uma identidade subalterna. Como os ouvintes passam a enxergar o indivíduo como deficiente, acaba por distanciar e dificultar a comunicação oral e mais ainda a sinalizada, reforçando a identidade inconformada.

GAB: C