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Q1801476 Conhecimentos Gerais

Observe as imagens, leia os fragmentos dos textos abaixo e responda:


Griot, contador de história, em imagem datada de 1868.

(http://cxnegra.blogspot.com.br/2011/04/do-griote-ao-mc-este-domingo-24-na.html)


(Foto  de Christiano Jr. , tirada entre 1864 e 1866, em seu estúdio, no Rio de Janeiro e  destinada ao público europeu.  Apud: Boris Fausto. História do Brasil. 10. ed. São Paulo: EDUSP, 2002. p. 225.)


TEXTO 01

“O processo de miscigenação que envolveu senhores e escravos, negros e brancos, acabou transfigurando o escravo também em mulato, o cativo em liberto. Mas não em cidadão totalmente livre como eram os outros, e sim numa pessoa livre “em termos”, porque marcada pela sua origem híbrida, biológica, social e moralmente”.

IANNI, Octavio. As metamorfoses do escravo. 2ªed. São Paulo;

Hucitec/Curitiba: Scietia et Labor, 1988, p. 218.


TEXTO 02

“Ao outro elemento formador do brasileiro, dominado pelo colonizador, o negro, os livros dedicavam pouco espaço como objeto de Etnografia/Antropologia. Ele sempre era tratado como mercadoria, produtor de outras mercadorias. Enquanto ao índio se conferia o estatuto de contribuição racial, os livros didáticos salientavam a importância do africano para a vida econômica do país, mas procuravam mostrar que a negritude estava sendo diluída pela miscigenação”.

ABUD, Kátia Maria. Formação da Alma e do Caráter Nacional: Ensino de História na Era Vargas. In: Revista Brasileira de História, vol. 18, n. 36, São Paulo: 1998. Disponível em: www.scielo.br. Acessado em: nov. de 2018. 

Considerando o uso das imagens na sala de aula, a cultura afro-brasileira e o ensino de História para as relações étnico-raciais é correto afirmar que: 1. A narrativa sobre a formação da nação brasileira e a incorporação da cultura afro-brasileira, na sala de aula, deve procurar não apenas construir uma representação do negro, mas também, identificar os conjuntos identitários da cultura africana enquanto componente da sociedade brasileira. 2. Nos momentos posteriores à abolição do trabalho escravos, os descendentes africanos reinventaram seu modo de viver, colocando-se com as representações da cultura das elites; portanto, o uso das imagens na sala de aula deve perceber essas características e fomentar o debate da legitimidade da miscigenação. 3. A proposição acerca da identidade negra e seus laços de sociabilidade deve ser percebida enquanto avanço na integração social do negro na sociedade, haja vista que, após a Lei Auréa (1888), a grande questão que se colocou para o negro foi como se (re)inserir na sociedade, como trabalhador livre e (re)criar os laços de afetividade. 4. Um currículo comum à nação não deve agir sobre uma massa de sujeitos e sobre o que eles têm de global; a observância e o uso das imagens na sala de aula e suas leituras sobre a cultura afro-brasileira, deve compreender a desigualdade social para além das representações, como uma realidade passível de mudanças. 5. Na leitura etnográfica e antropológica, a discussão da cultura afro-brasileira na sala de aula deve ir além do que propõe o livro didático, na perspectiva de que os elementos de integração sejam valorizados, ainda que houvesse a constituição de um “cidadão em termos”, os novos laços de afetividade traduzem a interpretação das imagens. Estão CORRETAS as alternativas:
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