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Q2249706
Filosofia O Sujeito Moderno , A Consciência e os Limites do Conhecimento ,
Ano: 2004 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Técnico em Assuntos Educacionais - Filosofia |
Q2249706 Filosofia
            A consciência-de-si é em si e para si quando e porque é em si e para uma Outra, quer dizer, só é como algo reconhecido.
          O Outro é também uma consciência-de-si; um indivíduo se confronta com outro indivíduo.
         Mediante essa experiência (...) se põem uma pura consciência-de-si e uma consciência que não é puramente para si, mas um outro (...). São essências ambos os momentos; porém, como de início são desiguais e opostos, e ainda não resultou sua reflexão na unidade, assim os dois momentos são como duas figuras opostas da consciência: uma, a consciência independente, para a qual o ser-para-si é a essência; outra, a consciência dependente, para a qual a essência é a vida, ou o ser para um Outro. Uma é o senhor, outra é o escravo.

G. W. F Hegel. Fenomenologia do espírito. 
Tendo em vista o texto acima e a filosofia de Hegel, julgue o item que se segue.

A dialética do senhor e do escravo descreve uma relação simétrica entre duas consciências que se tratam como sujeito e objeto. 
Alternativas

Gabarito comentado

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A alternativa correta é Errado (E).

Para entender por que a alternativa é considerada errada, precisamos nos aprofundar na filosofia de Hegel, especificamente na sua dialética do senhor e do escravo, descrita em sua obra "Fenomenologia do Espírito".

Hegel explora a complexidade das relações entre consciências de si, destacando como elas se reconhecem mutuamente no processo dialético. A dialética do senhor e do escravo não descreve uma relação simétrica. Pelo contrário, ela aborda uma relação assimétrica entre duas consciências de si, onde uma se torna o senhor e a outra, o escravo.

Essa assimetria é central para a reflexão hegeliana, pois o senhor e o escravo têm papéis distintos e não se veem simplesmente como sujeito e objeto. O senhor é independente e seu ser-para-si é a essência, enquanto o escravo é dependente, vivendo para um outro, ou seja, para o senhor. A relação é de dominação e subordinação, o que implica desigualdade e oposição.

Portanto, afirmar que a dialética do senhor e do escravo descreve uma relação simétrica entre duas consciências é incorreto. A questão exige que se compreenda a dinâmica complexa e a desigualdade estrutural inerente à dialética hegeliana.

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