Sobre esse ensino e os conhecimentos que o professor deve t...
Considere o excerto a seguir e responda à questão.
“Articulada à instância de uso da língua oral e escrita – que incorpora práticas de escuta e de leitura e práticas de produção de textos orais e escritos –, é preciso desenvolver a reflexão sobre a língua e a linguagem – que incorpora práticas de análise linguística. Considerando essa segunda instância, é inegável que a escola precisa trabalhar com gramática (i) contemplando o funcionamento de recursos linguísticos em diferentes níveis (fonético-fonológico, morfológico, sintático, semântico-discursivo) e (ii) e propiciando condições para que o aluno tenha acesso à norma culta da língua, que é a variedade de prestígio na sociedade, e, consequentemente, à possibilidade de ascensão social. O que se coloca em discussão é: qual gramática ensinar? e de que maneira ensiná-la?”
(GORSKI e COELHO, 2009)
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No contexto do ensino de língua, é de grande importância que o professor esteja preparado para abordar o conteúdo de maneira alinhada aos princípios da Sociolinguística e de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Dessa forma, vamos analisar as alternativas apresentadas e entender a correta abordagem pedagógica para o ensino de língua.
Alternativa A: Esta sugere que todo falante nativo já internalizou as regras de sua língua nativa ao atingir a adolescência, o que considera apenas a aprendizagem formal e ignora a complexidade da aquisição da linguagem e as diferenças individuais. Portanto, essa não é a perspectiva recomendada pelos PCNs.
Alternativa B: Esta alternativa é correta, pois destaca que o papel da escola não é ensinar a língua materna em si, mas sim a variedade padrão ou norma culta, além de orientar o uso adequado dos diferentes registros em variadas situações comunicativas. Tal abordagem está em linha com os PCNs e promove a competência comunicativa do aluno.
Alternativa C: Esta alternativa sugere que a escola deve ensinar a norma culta para que o aluno substitua sua variedade vernacular pela norma culta, o que pode ser interpretado como uma desvalorização das variedades linguísticas dos alunos. Isso vai contra a visão da Sociolinguística de valorizar todas as variedades linguísticas como válidas.
Alternativa D: Esta alternativa propõe que o professor deve focar apenas na norma culta, ignorando a variedade linguística que o aluno traz de casa. Essa abordagem pode resultar em exclusão e não está alinhada com os PCNs, que valorizam a diversidade linguística e cultural dos estudantes.
Alternativa E: Esta alternativa sugere que dialetos não-padrão são menos estruturados e inferiores ao padrão, o que é uma concepção equivocada e discriminatória. A Sociolinguística reconhece todas as variedades linguísticas como estruturadas e capazes de comunicação efetiva.
Portanto, a melhor abordagem é a apresentada na Alternativa B, que está de acordo com os PCNs e respeita a visão contemporânea da Sociolinguística sobre a diversidade e a adequação linguística em diferentes contextos sociais e comunicativos.
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Comentários
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Fui por eliminação!
Com relação ao papel da escola, não se trata de ensinar a língua materna, e, sim, de ensinar determinada variedade da língua (a variedade padrão ou norma culta). Além disso, trata-se de ensinar a utilização adequada de diferentes registros em conformidade com as diferentes situações comunicativas, mais formais e mais informais, por exemplo.
Gab. B
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