Sobre o texto, é correto afirmar que:
Próximas questões
Com base no mesmo assunto
Ano: 2020
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Formiga - MG
Prova:
Instituto Consulplan - 2020 - Prefeitura de Formiga - MG - Professor I |
Q1814559
Português
Texto associado
Juiz concede liberdade provisória a mulher presa por
injúria racial contra taxista em BH
O magistrado estipulou uma fiança de R$ 10 mil que deve
ser paga pela mulher antes de ser liberada.
A Justiça concedeu liberdade provisória a Natália Burza
Gomes Dupin, de 36 anos, presa depois de ofender um
taxista negro no Bairro Santo Agostinho, na Região Centro-
-Sul da cidade. Em audiência de custódia, realizada na
manhã deste sábado no Fórum Lafayette, o Juiz determinou
o pagamento de fiança de R$ 10 mil para liberar a ré. Os
advogados de defesa informaram que vão se posicionar
sobre o caso ainda nesta tarde.
As audiências de custódia consistem na apresentação
do preso em flagrante a um juiz no prazo de 24 horas. Após
a audiência, o magistrado decide se o custodiado deve
responder ao processo preso ou em liberdade, podendo
ainda decidir pela anulação da prisão em caso de ilegalidade.
A mulher foi autuada em flagrante por injúria racial,
desacato, desobediência e resistência após dizer ao motorista
que “não andava com negros” e de se confessar racista. Ela foi
levada para uma unidade do sistema prisional, mas poderá ser
solta. Segundo o registro policial, o taxista Luis Carlos Alves
Fernandes, há 16 anos na profissão, estava parado na Avenida
Álvares Cabral, em frente ao prédio da Justiça Federal.
Ele teria presenciado a mulher, identificada como Natália
Gomes, se aproximando com um idoso e aparentemente
procurando um táxi. Segundo o motorista, ele se dirigiu à
mulher para perguntar se precisava do serviço. Segundo relato
da vítima que consta do boletim de ocorrência, no momento ele
foi interrompido pela mulher, que teria dito: “Precisando de um
táxi estou mesmo, mas não ando com negros”.
O taxista disse que questionou se a mulher sabia que
estava cometendo um crime. Nesse momento ela respondeu,
segundo o relato do condutor: “Não gosto de negro mesmo.
Sou racista”. E cuspiu no seu pé, contou ele. Ela chegou a entrar
em um dos táxis, mas foi impedida de seguir com a corrida. A
vítima narrou que todos ficaram muito revoltados e tentaram
agredi-la. Entretanto, a polícia chegou muito rápido. “Até
então, ela estava muito calma. Ela se exaltou ao chegar à
delegacia, onde precisou ser algemada”, completou.
De acordo com a PM, quando os militares chegaram ao
local, a mulher os ignorou. Acabou sendo conduzida para a
Delegacia Adjunta ao Juizado Especial Criminal (Deajec).
Mesmo detida, segundo o boletim de ocorrência, a mulher
continuou exaltada. De acordo com a PM, uma sargento
pediu para ela se sentar na delegacia. Como resposta, foi
chamada de “sapata”.
O taxista conta que exerce a profissão há 16 anos como
taxista e nunca havia sofrido nenhum tipo de preconceito,
mas agora está revoltado. Segundo a vítima, desde o
primeiro momento, a mulher foi muito arrogante e tinha
certeza da impunidade. “Ela achou que diria o que disse e
sairia impune. Disse que o pai é delegado e repetia ‘você não
sabe com quem está falando’”. Luis Carlos ainda disse que é
importante ficar atento: “O racismo não está só nas palavras
usadas pela mulher. Pode ser muito sutil, mas precisamos
denunciar”, disse o homem, que espera que o caso seja
classificado como racismo.
(João Henrique do Vale; postado em 07/12/2019. Disponível em:
https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2019/12/07/interna_gerai
s,1106594/juiz-concede-liberdade-provisoria-mulher-presa-injuriaracial-taxista.shtml.)
Sobre o texto, é correto afirmar que: