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Q2135143 Português
TEXTO 1

Jovens sem rugas aderem em massa às aplicações de Botox

      Desde os primórdios, a humanidade busca a elusiva fonte da eterna juventude, na forma de poço para os indus de 700 a.C., de rio para Alexandre, o Grande, na antiga Macedônia, e de fonte mesmo para Ponce de León, o explorador que primeiro pisou na Flórida. No fim das contas, o sonho (de certa maneira) se materializou na forma de injeção, com o lançamento, em meados dos anos 1990, do Botox, nome comercial da toxina botulínica que paralisa músculos e “congela” rugas e marcas de expressão por algum tempo. Indicadas a princípio para a faixa dos 40 a 50 anos, as aplicações de Botox com objetivo estético cresceram e se multiplicaram em ritmo frenético — atualmente são 7 milhões por ano só nos consultórios de cirurgiões plásticos, o procedimento estético mais realizado no planeta — e foram parar em rostos perfeitamente lisos, em comportamento não avalizado pela maioria dos médicos, adolescentes e jovens nos seus 20 anos estão aderindo à toxina antienvelhecimento.
    Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica mostram que o Botox é o procedimento mais realizado, inclusive, entre 18 e 30 anos, aí computados cirúrgicos e não invasivos, tendo sua procura crescido 300% nos últimos três anos. Espelho de todas as modinhas, o aplicativo TikTok virou palco, nos últimos meses, de jovens sem nenhuma ruga exibindo os efeitos (sutilíssimos) das aplicações — são mais de 70 milhões de postagens com a hashtag #BabyBotox. Embora faça questão de mostrar um ou outro pedacinho de pele modificado pelo Botox, o objetivo principal dessa turma é tentar prevenir a ação do tempo.
     Não é de hoje que celebridades na flor da idade apelam para o Botox. A apresentadora Angélica, 49 anos, assumiu ter começado a usar aos 14. Kylie Jenner, 25 anos, a caçula das Kardashians, não confessa a prática, mas é visivelmente “botocada” há anos. A maior parte dos médicos não só contraindica aplicar a toxina sem necessidade, como alerta que isso pode afetar o tratamento no futuro. “Não há estudos científicos que provem que usar o produto preventivamente retarda ou impede o aparecimento de rugas. É como tomar antibióticos sem sintomas, achando que assim vai evitar infecções. Não faz sentido”, afirma o cirurgião plástico Paulo Matsuda, um dos pioneiros da aplicação do Botox no mundo.
       O reinado da toxina botulínica está calcado em uma premissa básica: ela paralisa temporariamente —em média quatro meses — os músculos onde é aplicada, evitando que as linhas de expressão formem sulcos profundos e atenuando os sinais em regiões já marcadas. Salvo casos específicos, seu uso é indicado na faixa dos 30 anos. “Embora não se fale muito nisso, existe o risco de o uso prolongado criar resistência ao produto. As doses vão ficando cada vez maiores e mais frequentes, até ele poder se tornar ineficiente”, explica a cirurgiã Bárbara Machado, que foi assistente de Ivo Pitanguy por 25 anos. Além disso, paralisar constantemente uma região para evitar as rugas ali não impede que elas apareçam em outro lugar. Nenhuma dessas ponderações, no entanto, tem desestimulado pessoas de rosto lisinho a gastar 1.700 reais, em média, por aplicação. “Percebi que, quando me maquio, as linhas da testa aparecem. Se existe um procedimento disponível, por que não me antecipar ao problema?”, justifica a estudante de direito e influencer carioca Bruna Conce, 23 anos, que mora nos Estados Unidos e usa Botox há um ano.
        Os especialistas atribuem o apelo da toxina entre os jovens à hipervalorização da juventude, elevada às alturas pelas redes sociais. “Ser jovem não é mais uma fase, e sim um estilo de vida, um ideal. Tornou-se um valor central na sociedade”, resume a antropóloga Cláudia Pereira, professora da PUC-Rio. Some-se a isso a obsessão por beleza e perfeição, e está formado o tubo de pressão que domina a mente insegura dos mais novos. “É bizarro uma pessoa de 60 anos com rosto de 20. A beleza está no equilíbrio, inclusive das rugas”, reflete Volney Pitombo, vice-presidente da Sociedade Brasileira Cirurgia Plástica. Vale a pena parar e pensar antes de ceder à próxima agulhada.

(CERQUEIRA, Sofia. Disponível em: https://veja.abril.com.br/comportamento /jovens-sem-rugas-aderem-em-massa-as-aplicacoes-de-botox.)





Assinale a afirmativa que contém a INCORRETA análise do emprego do sinal de pontuação, de acordo com a passagem destacada do texto. 
Alternativas

Gabarito comentado

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A alternativa correta é a Alternativa B.

A questão testa seu conhecimento sobre o uso correto de sinais de pontuação em diversos contextos. Vamos analisar cada alternativa para entender melhor.

Alternativa A: “Em ‘(de certa maneira)’ (1º§) e em ‘(sutilíssimos)’ (2º§), o uso dos parênteses sinaliza presença de informações acessórias.”

Essa alternativa está correta. Os parênteses são frequentemente utilizados para inserir informações adicionais ou explicativas que não são essenciais ao sentido principal da frase. No caso apresentado, as informações dentro dos parênteses são acessórias, fornecendo detalhes que complementam, mas que poderiam ser removidas sem comprometer a compreensão geral.

Alternativa B: “Em ‘[...] com o lançamento, em meados dos anos 1990, do Botox [...]’ (1º§), o emprego das vírgulas, que isolam o adjunto adverbial deslocado ‘em meados dos anos 1990’, é opcional.”

Essa alternativa está incorreta. A colocação das vírgulas que isolam o adjunto adverbial deslocado não é opcional. As vírgulas são necessárias para garantir a clareza e a correta leitura do período. Sem as vírgulas, a frase poderia ficar confusa ou perder parte de seu significado.

Alternativa C: “Em ‘[...] paralisa músculos e ‘congela’ rugas e marcas de expressão [...]’ (1º§), as aspas foram utilizadas na palavra ‘congela’ para indicar seu emprego em sentido figurado no contexto.”

Essa alternativa está correta. As aspas são usadas para destacar que a palavra “congela” está sendo utilizada em um sentido não literal, mas figurado. Neste caso, a palavra é usada para descrever o efeito do Botox de maneira metafórica.

Alternativa D: “Em ‘[...] — atualmente são 7 milhões por ano só nos consultórios de cirurgiões plásticos, o procedimento estético mais realizado no planeta — [...]’ (1º§), os travessões foram utilizados para enfatizar informações.”

Essa alternativa está correta. Os travessões são um recurso utilizado para isolar e dar destaque a uma informação adicional dentro da frase, funcionando de maneira similar aos parênteses mas com maior ênfase.

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Comentários

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Gab B

B - no caso, é um aposto explicativo.

E mesmo que seja adjunto adverbial, acima de 3 termos, vírgula obrigatória

AADV Deslocado até 2 palavras - opcional

AADV deslocado 3 palavras ou mais - obrigatória

AADV Não deslocado (ordem direta, no final) - facultativa

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I, I just want to be your everything

Open up the heaven in your heart and let me be

The things you are to me and not some puppet on a string

Oh, if I stay here without you, darling, I will die

Nunca é opcional

Em “[...] com o lançamento, em meados dos anos 1990, do Botox [...]” (1º§), o emprego das vírgulas, que isolam o adjunto adverbial deslocado “em meados dos anos 1990”, é opcional.

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