A Diretriz BRASPEN de Terapia Nutricional no Paciente Grave ...

Alternativa Correta: B - a contraindicação de uso parenteral de glutamina para pacientes na fase aguda de doença grave.

O tema central da questão refere-se às diretrizes para a terapia nutricional em pacientes graves, particularmente no que se refere a práticas de nutrição enteral e parenteral embasadas em evidências científicas de alto nível. Para resolver essa questão, é necessário conhecer as recomendações atualizadas da BRASPEN de 2023 para o manejo nutricional de pacientes críticos, focando em como essas diretrizes classificam diferentes intervenções nutricionais.

Justificativa da Alternativa Correta: A alternativa B destaca a contraindicação do uso parenteral de glutamina em pacientes na fase aguda de doenças graves. Esta contraindicação é baseada em evidências científicas que indicam que o uso de glutamina neste contexto não traz benefícios e pode até ser prejudicial, sendo, portanto, classificada com um alto nível de evidência. O reconhecimento de quando não usar determinados suplementos ou intervenções é tão importante quanto saber quais usar, especialmente em pacientes críticos.

Análise das Alternativas Incorretas:

A: Esta alternativa menciona uma superioridade clínica entre a nutrição parenteral pronta para uso e a individualizada. Porém, as diretrizes não classificam essa diferença com alto nível de evidência, pois ambas têm seus contextos adequados de uso, e a escolha deve ser feita com base em fatores específicos do paciente e do sistema de saúde.

C: A indicação do uso rotineiro de nutrição enteral especializada na pancreatite aguda leve e moderada não possui um respaldo de alto nível de evidência nas diretrizes. A prática clínica geralmente orienta uma nutrição enteral padrão, exceto em casos específicos de necessidades nutricionais.

D: O uso de dietas com alto teor de lipídio e baixo teor de carboidrato para pacientes críticos com disfunção pulmonar não é uma recomendação com alto nível de evidência. Embora existam estudos sobre o tema, ainda há debate sobre a efetividade e segurança dessas dietas em pacientes críticos, especialmente quanto à aplicação rotineira.

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"O uso parenteral de glutamina está contraindicado para pacientes na fase aguda de doença grave, com disfunção orgânica múltipla, disfunção renal, disfunção hepática ou instabilidade hemodinâmica e em doses acima de 0,5 g/kg/d. Nível de evidência: alto" (BRASPEN, 2023, p.25).