Paciente com 5 anos de idade, sexo feminino, reside em comu...

A alternativa correta é: D - I e III.

Vamos explorar por que esta opção é a correta e entender cada uma das proposições:

I. À possibilidade de carências nutricionais: Crianças que vivem em comunidades mais pobres podem apresentar deficiências nutricionais devido à falta de acesso a uma dieta balanceada. Esses déficits podem afetar o desenvolvimento dos dentes, tornando-os mais suscetíveis a hipoplasias de esmalte, que são defeitos na formação do esmalte dental. Esta condição pode, de fato, aumentar a suscetibilidade à cárie, justificando assim a inclusão de "I" como correta.

III. A fatores biológicos relacionados à estrutura dos tecidos dentários: A hipoplasia do esmalte é uma alteração estrutural dos dentes que pode predispor o paciente ao desenvolvimento de cáries, porque o esmalte é menos resistente a ataques ácidos. Este fator é claramente uma explicação correta para a maior suscetibilidade à cárie dentária, tornando a proposição "III" correta.

Vamos agora analisar por que as outras alternativas estão incorretas:

II. À presença de fluorose dentária leve: A proposição "II" é incorreta neste contexto. A fluorose dentária é uma hipomineralização do esmalte causada por uma ingestão excessiva de flúor durante o desenvolvimento do dente, o que não seria o caso em uma comunidade sem programas preventivos de flúor. Além disso, a fluorose dentária leve geralmente resulta em manchas brancas, mas não é um fator que aumente a suscetibilidade à cárie.

IV. A fatores sociais associados à cronologia de erupção dos dentes permanentes: A cronologia de erupção pode ser influenciada por fatores sociais, mas isso não se relaciona diretamente com a presença de hipoplasia do esmalte ou o aumento da suscetibilidade à cárie. Por isso, a proposição "IV" não é aplicável como justificativa para a questão abordada.

Portanto, a opção D - I e III é a correta, pois aborda precisamente os fatores que aumentam a suscetibilidade à cárie em crianças com hipoplasia do esmalte em um contexto de carências nutricionais e alterações estruturais dos dentes.

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A presença de defeitos de desenvolvimento de esmalte, tanto na dentição decídua quanto na permanente, pode ter uma frequência de até 90% nas crianças. Em crianças, o tipo de DDE e a severidade podem estar relacionados a diversos fatores. Na dentição decídua, a literatura mostra a existência de associação entre a presença de defeitos de esmalte e alguns fatores, geralmente traumáticos, relacionados com a gestação e a ocorrência de doenças, traumas ou consumo de medicamentos na infância. A ocorrência de problemas pré-natais e neonatais pode aumentar o risco de presença de defeitos de esmalte em crianças. Na dentição permanente, traumas na dentição decídua são associados à presença de defeitos de esmalte, assim como à experiência de cárie na dentição decídua e à ocorrência de doenças sistêmicas na infância.

Defeitos de esmalte não fluoróticos em crianças: aspectos clínicos e epidemiológicos Non-fluorotic enamel defects in children: clinical and epidemiological aspects