Nos parágrafos abaixo, são elencadas algumas das referidas c...
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Ano: 2020
Banca:
CONTEMAX
Órgão:
Prefeitura de Passira - PE
Prova:
CONTEMAX - 2020 - Prefeitura de Passira - PE - Psicólogo Educacional |
Q1723643
Psicologia
Nos parágrafos abaixo, são elencadas algumas das referidas críticas propostas por Vigotski,
frente à análise do brincar:
I. Brincar é uma atividade prazerosa, e daí provém a sua motivação: analisando de modo mais acurado, nota-se que o prazer não é um aspecto constante no brincar. Percebe-se que ao brincar, a criança vivencia momentos significativos de desprazer, seja na árdua construção de um contexto para a brincadeira; seja nas experiências de derrota em jogos competitivos; bem como na submissão às regras da atividade, que podem ser previamente estabelecidas, como em jogos convencionais, ou emergir na brincadeira como condição necessária para a similitude com a realidade (por exemplo, para brincar de policial, a criança, queira ou não, teria que se portar como tal)(VIGOTSKI, 2007). II. Ao brincar, a criança estabelece um "mundo paralelo", alheio ao real: mesmo dentro de uma brincadeira livre e imaginativa, se percebe o vínculo existente entre a experiência de vida da criança e o enredo ou a forma de suas brincadeiras. A brincadeira, também dentro do contexto do "faz de conta", preserva uma identidade com o mundo real, de onde extrai os modos de agir, a dinâmica das relações interpessoais, as falas, os gestos, as regras de conduta socialmente observáveis, etc. Como pontua Vigotski (2007), não poderíamos apreender um sentido evolutivo no brincar, se o tomássemos como algo apartado da vida real das crianças; antes, tem- se uma imbricação entre a vida concreta e a construção imaginativa na brincadeira. Vigotski alerta que, ao compreender a relação que existe entre a fantasia e a realidade na conduta do homem, entendemos o mecanismo psicológico da imaginação e da atividade criadora, tão associados à infância (VIGOTSKY, 2003a).
Isso ocorre por meio de três processos:
I. Brincar é uma atividade prazerosa, e daí provém a sua motivação: analisando de modo mais acurado, nota-se que o prazer não é um aspecto constante no brincar. Percebe-se que ao brincar, a criança vivencia momentos significativos de desprazer, seja na árdua construção de um contexto para a brincadeira; seja nas experiências de derrota em jogos competitivos; bem como na submissão às regras da atividade, que podem ser previamente estabelecidas, como em jogos convencionais, ou emergir na brincadeira como condição necessária para a similitude com a realidade (por exemplo, para brincar de policial, a criança, queira ou não, teria que se portar como tal)(VIGOTSKI, 2007). II. Ao brincar, a criança estabelece um "mundo paralelo", alheio ao real: mesmo dentro de uma brincadeira livre e imaginativa, se percebe o vínculo existente entre a experiência de vida da criança e o enredo ou a forma de suas brincadeiras. A brincadeira, também dentro do contexto do "faz de conta", preserva uma identidade com o mundo real, de onde extrai os modos de agir, a dinâmica das relações interpessoais, as falas, os gestos, as regras de conduta socialmente observáveis, etc. Como pontua Vigotski (2007), não poderíamos apreender um sentido evolutivo no brincar, se o tomássemos como algo apartado da vida real das crianças; antes, tem- se uma imbricação entre a vida concreta e a construção imaginativa na brincadeira. Vigotski alerta que, ao compreender a relação que existe entre a fantasia e a realidade na conduta do homem, entendemos o mecanismo psicológico da imaginação e da atividade criadora, tão associados à infância (VIGOTSKY, 2003a).
Isso ocorre por meio de três processos: