Em um paciente com suspeita de peritonite bacteriana espontâ...

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Ano: 2010 Banca: FCC Órgão: TRE-RN
Q1231755 Medicina
Em um paciente com suspeita de peritonite bacteriana espontânea o líquido ascítico revela polimorfonucleares = 280/mm, bacterioscópico negativo e cultura em andamento. A conduta indicada é 
Alternativas

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Para resolver essa questão, precisamos entender o que é peritonite bacteriana espontânea (PBE) e como ela é tratada. A PBE é uma infecção do líquido ascítico que ocorre frequentemente em pacientes com cirrose e ascite. O diagnóstico é geralmente confirmado quando o líquido ascítico apresenta um número elevado de leucócitos polimorfonucleares (PMN), tipicamente maior que 250 células/mm³, mesmo que a cultura seja negativa, como pode acontecer frequentemente.

No caso apresentado, o paciente tem 280 células/mm³, o que é consistente com PBE. Vamos analisar as alternativas para determinar qual é a conduta mais adequada.

Alternativa B - iniciar cefalosporina de 3ª geração. Esta é a alternativa correta. O tratamento padrão para PBE é o início imediato de antibióticos, geralmente uma cefalosporina de 3ª geração, como cefotaxima ou ceftriaxona. Este tratamento visa combater a infecção de forma rápida para evitar complicações.

Agora, vamos entender por que as outras alternativas estão incorretas:

Alternativa A - repetir a paracentese em 48 horas. Essa abordagem é inadequada porque o tratamento da PBE deve ser iniciado imediatamente após o diagnóstico presumido, sem esperar por mais resultados de exames.

Alternativa C - observar e repetir a paracentese caso haja febre ou encefalopatia hepática. Esta opção não é recomendada, pois atrasar o tratamento antibiótico pode piorar o quadro do paciente e aumentar o risco de complicações.

Alternativa D - iniciar ceftriaxona e aminoglicosídeo. Embora a ceftriaxona seja uma escolha adequada, o uso de aminoglicosídeos não é indicado devido à potencial toxicidade renal, especialmente em pacientes com problemas hepáticos.

Alternativa E - iniciar ceftazidima e metronidazol. Ceftazidima é uma cefalosporina de 3ª geração, mas o metronidazol não é necessário para o tratamento da PBE, pois a infecção não é causada por anaeróbios.

Este raciocínio e conhecimentos sobre a abordagem clínica são fundamentais para resolver questões similares sobre condutas médicas em situações de emergência ou urgência como a PBE. É importante sempre considerar o tratamento padrão e as práticas baseadas em evidências.

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