A persistência da pobreza, o acesso desigual ao abasteciment...
A persistência da pobreza, o acesso desigual ao abastecimento de água e serviços de saneamento, o financiamento inadequado e a informação deficiente sobre o estado dos recursos hídricos, seu uso e gerenciamento, têm imposto restrições à gestão desses recursos e à capacidade de contribuírem para o alcance de objetivos de desenvolvimento sustentável.
Organização das Nações Unidas (ONU). Relatório Mundial das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento de Recursos Hídricos. 2015.
(Disponível em: http://www.unesco.org/new/fileadmin/MULTIMEDIA/HQ/SC/images/WWDR2015ExecutiveSummary_POR_web.pdf . Acesso em: 02/11/2017.)
Em relação aos recursos hídricos e ao processo de gestão na escala do município, assinale a afirmativa correta.
A) Os serviços ecossistêmicos no município possuem pouca importância na gestão dos recursos hídricos, uma vez que a escala global é que determina todo o conjunto das relações geográficas envolvidas.
B) Os fatores econômicos não costumam interferir no planejamento sobre os recursos hídricos, a distribuição e o tratamento da água na escala municipal, pois são de menor relevância para a temática.
C) O crescimento urbano desordenado, por regra, costuma gerar melhorias no acesso à água nos municípios brasileiros, uma vez que obriga os gestores públicos a se atentarem para a problemática.
D) A desigualdade socioeconômica é um dos aspectos essenciais na construção de projetos municipais para o acesso a água, visto que a saúde e o bem estar das populações são afetados pelas dificuldades cotidianas na obtenção deste recurso.
CORRETA, áreas onde a população residente possui piores condições financeiras costumam ter maiores problemas relacionados à infraestrutura básica (saneamento, acesso à água), o que torna fundamental o investimento das autoridades municipais nesses lugares.
Vamos analisar a questão sobre a gestão dos recursos hídricos na escala do município.
A alternativa correta é: D - A desigualdade socioeconômica é um dos aspectos essenciais na construção de projetos municipais para o acesso a água, visto que a saúde e o bem estar das populações são afetados pelas dificuldades cotidianas na obtenção deste recurso.
Primeiro, vamos entender o tema da questão. O enunciado aponta diversos desafios na gestão dos recursos hídricos, incluindo pobreza, acesso desigual ao abastecimento de água, financiamento inadequado e informação deficiente. Esses desafios são fundamentais para entender como os recursos hídricos são gerenciados em diversas escalas, especialmente na municipal.
Agora, vamos justificar por que a alternativa D está correta:
A desigualdade socioeconômica impacta diretamente na distribuição e acesso aos recursos hídricos. Populações de baixa renda frequentemente enfrentam maiores dificuldades para obter água potável, o que afeta sua saúde e bem-estar. Projetos municipais precisam considerar essas desigualdades para garantir um acesso mais justo e equitativo aos recursos hídricos.
A seguir, vamos analisar as alternativas incorretas:
A - Os serviços ecossistêmicos no município possuem pouca importância na gestão dos recursos hídricos, uma vez que a escala global é que determina todo o conjunto das relações geográficas envolvidas.
Essa alternativa está incorreta porque os serviços ecossistêmicos, como a filtragem natural da água e a regulação do ciclo hidrológico, são extremamente importantes na gestão local dos recursos hídricos. A escala municipal é fundamental para implementar práticas de conservação e manejo adequado dos recursos hídricos.
B - Os fatores econômicos não costumam interferir no planejamento sobre os recursos hídricos, a distribuição e o tratamento da água na escala municipal, pois são de menor relevância para a temática.
Essa alternativa está incorreta porque os fatores econômicos são cruciais no planejamento e gestão dos recursos hídricos. O financiamento e a alocação de recursos são determinantes para a implementação de infraestruturas de distribuição e tratamento de água, especialmente em áreas urbanas.
C - O crescimento urbano desordenado, por regra, costuma gerar melhorias no acesso à água nos municípios brasileiros, uma vez que obriga os gestores públicos a se atentarem para a problemática.
Essa alternativa está incorreta porque o crescimento urbano desordenado geralmente agrava a problemática do acesso à água. Ele pode levar à sobrecarga dos sistemas de abastecimento e saneamento, além de provocar a poluição dos corpos d’água, tornando a gestão mais desafiadora.
Entender a gestão dos recursos hídricos na escala municipal requer uma análise dos diversos fatores envolvidos, incluindo a questão socioeconômica, serviços ecossistêmicos e a influência dos fatores econômicos.
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