Em sua obra A República, Platão sustenta que a mentira autê...

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Q2745798 Filosofia

Em sua obra A República, Platão sustenta que a mentira autêntica é detestada pelos deuses e pelos homens, mas ainda assim menciona uma “nobre mentira”, a ser aplicada como remédio apenas pelos chefes da cidade aos inimigos e mesmo aos cidadãos, sempre em benefício da cidade. Kant sustenta, ao contrário, que toda mentira é ilícita e representa um aniquilamento da dignidade humana – chega a afirmar que a capacidade humana de mentir é a mancha podre de nossa espécie. Para ele, os homens têm o dever de dizer a verdade, porque

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Alternativa Correta: D - uma lei universal de mentir seria autodestrutiva.

A questão explora um confronto filosófico entre as visões de Platão e Kant sobre a moralidade da mentira. Na obra A República, Platão propõe a ideia da "nobre mentira", um conceito que sugere que, em certas situações, mentir pode ser justificável para o benefício da cidade. Em contraste, Immanuel Kant adota uma postura radicalmente oposta, argumentando que toda mentira é moralmente inaceitável.

Kant é conhecido por sua ética deontológica, que enfatiza o dever e as regras universais. Ele argumenta que os atos devem ser julgados por sua intenção e universalidade. De acordo com Kant, se permitirmos que a mentira se torne uma regra universal, ela se tornaria autodestrutiva, pois minaria a confiança e tornaria a comunicação verdadeira impossível.

Justificativa da Alternativa Correta:

Alternativa D: Esta alternativa é a correta porque reflete a visão kantiana de que uma "lei universal de mentir" seria autodestrutiva. Kant acredita que a moralidade deve ser baseada em princípios universalizáveis, e uma sociedade onde a mentira fosse uma prática comum seria insustentável, destruindo a base da confiança mútua necessária para a convivência humana.

Justificativa das Alternativas Incorretas:

Alternativa A: "O dizer verdadeiro sempre produz efeitos desejáveis." Esta afirmação não é sustentada por Kant, pois ele não argumenta que a verdade sempre leva a resultados desejáveis. Sua posição está centrada na importância do dever moral e não nas consequências práticas.

Alternativa B: "A veracidade é o modo humano de se aproximar do divino." Embora a verdade seja um valor importante, Kant não fundamenta sua ética na aproximação ao divino, mas sim na lógica e na razão humanas.

Alternativa C: "A mentira só se aplica quando a própria humanidade está em risco." Esta alternativa está mais alinhada com uma visão utilitarista, que não é a adotada por Kant. Kant não admite exceções à proibição da mentira, mesmo em situações extremas.

Espero que essa explicação tenha ajudado a entender as nuances da questão. Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!

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