Leia o texto a seguir. Um dos pilares da Educação Escolar ...
Um dos pilares da Educação Escolar Indígena é a interculturalidade. Segundo Gersem Baniwa: para nós, a ideia de interculturalidade pode ser entendida a partir de duas perspectivas: abrir caminhos para o reconhecimento e reposição dos sujeitos colonizados, subalternizados, subjugados, silenciados, dominados e alijados de suas autonomias societárias e cosmológicas a uma posição de diálogo, de interação, de coexistência e convivência dialética. A outra perspectiva é a de interculturalidade como promessa de diálogo discursivo, ideológico e ainda colonizado. A escola indígena intercultural tem se orientado pela primeira perspectiva, ou seja, buscando empoderar os sujeitos indígenas para um diálogo menos desigual, menos assimétrico e menos hierarquizado intra e extra aldeia/escola.
(BANIWA, Gersem. Educação e povos indígenas no limiar do século XXI: debates interculturais. In: Educação escolar indígena no século XXI: encantos e desencantos. 1. ed. Rio de Janeiro: Mórula, Laced, 2019 .p. 59-76)
De acordo com o texto, a perspectiva de interculturalidade defendida pelo autor
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A alternativa correta é a E, que afirma que a perspectiva de interculturalidade defendida pelo autor fortalece os saberes e cosmologias indígenas e ensina de forma crítica os conhecimentos universais.
A questão aborda a temática da Educação Escolar Indígena sob a ótica da interculturalidade, um dos pilares fundamentais para a compreensão e implementação de práticas educacionais que respeitem e valorizem as culturas indígenas. A interculturalidade, conforme discutida no texto, é vista como um meio para empoderar os povos indígenas, permitindo-lhes participar de um diálogo menos desigual com a sociedade não indígena, ao mesmo tempo em que mantém suas próprias identidades culturais e saberes.
Para resolver essa questão, é necessário entender o conceito de interculturalidade, que se refere à interação entre culturas de maneira respeitosa e equitativa, promovendo o entendimento mútuo e a valorização da diversidade. Além disso, é preciso reconhecer a crítica implícita nas outras opções, que representam práticas educacionais que perpetuam a dominação e a assimilação cultural dos povos indígenas, ao invés de promoverem o seu fortalecimento.
A justificativa para a alternativa E ser a correta está no fato de que o texto destaca a importância de uma educação que não apenas reconheça, mas que também dê poder aos sujeitos indígenas. Isso envolve uma prática pedagógica que valoriza os saberes e as cosmovisões desses povos, ao mesmo tempo em que promove um ensino crítico dos conhecimentos considerados universais. Assim, essa perspectiva procura superar a desigualdade e a hierarquização, características de um modelo educacional que historicamente tem silenciado e marginalizado os povos indígenas.
Portanto, a opção E reflete com precisão a perspectiva de interculturalidade que busca fortalecer as identidades e as autonomias dos povos indígenas, ao invés de impor uma visão única e homogeneizadora da educação e do conhecimento.
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E - fortalece os saberes e cosmologias indígenas e ensina de forma crítica os conhecimentos universais.
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