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Foi antes do Século XIX

ERRADO

O paisagismo utilitário e a jardinagem não se substituem, mas coexistem com diferentes enfoques.

O desenvolvimento industrial e a urbanização acelerada no século XIX realmente impulsionaram a criação de espaços verdes, mas a jardinagem continuou sendo uma prática importante tanto em áreas públicas quanto privadas. O paisagismo utilitário, por outro lado, surgiu com o objetivo de integrar esses espaços verdes à funcionalidade urbana, como praças, parques e avenidas, atendendo à necessidade de lazer, saúde pública e bem-estar em meio ao crescimento das cidades. Ele complementou a jardinagem, ao invés de substituí-la.

Outro ponto a ser considerado é que, além do lazer, o paisagismo utilitário também tinha um caráter de organização espacial e controle social das áreas urbanas, indo além de uma simples substituição da jardinagem.

Os projetos paisagísticos podem ter abordagens de natureza

contemplativa  e/ou  utilitária.

 Os  contemplativos  são aqueles em que os elementos da paisagem são utilizados com objetivos exclusivamente estéticos (de embelezamento).

 Portanto, podemos utilizar o termo  Paisagismo Utilitário para definir as soluções que tem por finalidade serem funcionais e que embelezem os locais de intervenção.

 Bons exemplos de Paisagismo Utilitário são:

i)  telhado jardim ou telhado verde;

ii) jardim vertical

iii) jardim de chuva

O conceito de paisagismo utilitário não tem uma origem exata, mas ele está relacionado a práticas ancestrais e a movimentos modernos de integração entre funcionalidade e estética nos espaços externos. Ele é resultado de uma evolução do paisagismo, que começou com fins principalmente estéticos e simbólicos, e passou a incorporar funções práticas e ambientais ao longo do tempo.

1. Práticas ancestrais (civilizações antigas)

• Culturas como a egípcia, mesopotâmica e chinesa já utilizavam o paisagismo com fins utilitários, como irrigação, cultivo de alimentos, controle climático e defesa territorial. Jardins, como os suspensos da Babilônia, mesclavam beleza com funcionalidade.

1. Renascimento (séculos XV-XVI)

• Jardins renascentistas europeus, como os da Itália, incorporavam elementos utilitários, como hortas e sistemas de irrigação, embora a estética predominasse.

1. Revolução Industrial (séculos XVIII-XIX)

• Com o crescimento urbano, surgiram ideias de espaços públicos que combinassem beleza e funcionalidade, como parques urbanos para recreação e melhora da qualidade do ar. Frederick Law Olmsted, criador do Central Park, é um exemplo de projetista que pensava na funcionalidade dos espaços verdes.

1. Movimentos modernos (século XX)

• Após a Segunda Guerra Mundial, o paisagismo utilitário começou a ganhar força com o foco na sustentabilidade e no planejamento urbano. Movimentos como o Modernismo (influenciado por arquitetos como Le Corbusier) buscavam integrar natureza, funcionalidade e habitação.

1. Conceito atual (século XXI)

• Hoje, o paisagismo utilitário é impulsionado por preocupações com sustentabilidade, mudanças climáticas e qualidade de vida urbana. Ele combina técnicas de design funcional, como permacultura, jardins verticais, hortas urbanas e sistemas de drenagem sustentável.

Embora o termo possa ter ganhado destaque recentemente, suas raízes estão nas práticas milenares de interação humana com o ambiente natural para resolver problemas e otimizar recursos.